09 março, 2010

Yo no creo en las brujas, pero...

Sábado amanheceu chovendo. Muito! Fiquei na dúvida se devia mesmo me arrastar pra fora de casa... Acabei me demorando mais do que devia e na volta peguei o caminho mais curto até em casa, e não o caminho de sempre, pois além de tudo estava livre, pois outras pessoas, mais inteligentes que eu, ficaram em casa curtindo a chuva pela janela.
Na ladeira que beira a favela, o carro da minha frente para de repente, desacelero notando que alguma coisa está estranha. Ouço uma explosão e tudo o que eu consigo pensar é na dúvida se estou no meio de uma guerra de tráfico, se lançaram uma bomba ou pior, se foi um tiro. Enquanto acelero como louca tentando sair dali vejo o vidro do meu carro estilhaçado e começo a procurar se alguma coisa me atingiu, se há sangue em algum lugar, enquanto continuo acelerando na subida da ladeira, na contramão, pra sair dali o quanto antes. Quando chego na avenida vejo que minha bolsa sumiu pelo buraco da janela. Foram 5 segundos, se tudo isso. Um menininho de do máximo 14 anos... O barulho da explosão do vidro, felizmente com insulfilme, o que garantiu entre outras coisas a minha integridade física, está até agora ecoando na minha cabeça. O policiamento ostensivo da região durante a semana só foi achado naquele dia no postinho do lado de casa.
Passei a tarde entre telefonemas para bancos, seguradoras e o DP da região pra não ser novamente assaltada pelas taxas de segundas vias de todos os documentos.
Perdi pouco dinheiro, mas muitos itens muito mais caros, de coração, que ali estavam. Entre um álbum de fotos da família, o caderninho onde eu registrava as peripécias diárias da minha filha e os pen drives, com trabalho e mais fotos, perdi também um pouco mais de fé no ser humano. E muito da minha vontade de sair de casa...
Só fui chorar mesmo a noite, quando a ficha caiu... Ainda estou sem lenço nem documentos, só tenho mesmo é vontade de levantar acampamento daqui.

2 comentários:

Syl disse...

Nossa Carol.

Fico feliz que Deus tenha te protegido, e feliz pela pacotinho não estar dentro do carro.

Levante acampamento pra Vinhedo... essas coisas dificilmente acontecem por lá.... e sua filha poderá andar muito mais livre e segura.

Estamos aqui, sempre!

bjo

Eneida disse...

Faço minhas as palavras da Sylvia.........
E o melhor de tudo, para nós será o privilégio de poder conviver mais de perto, com pessoas como são vocês.....DA MELHOR QUALIDADE!!!! beijinhos com carinho