31 outubro, 2007

De volta ao começo...


E pq é impossível a coexistência pacífica entre crenças diferentes, segue a explicação do site do Terra:


"As bruxas nada mais eram do que mulheres que conheciam e entendiam do emprego das ervas medicinais para a cura das enfermidades nos vilarejos onde viviam. Também estavam aptas a realizar partos e a preparar ungüentos medicinais.

Com o advento do Cristianismo, a era patriarcal acabou por imperar, até porque o Salvador era um homem. As mulheres foram colocadas em segundo plano e identificadas como objetos de pecado utilizados pelo diabo.
É claro que algumas mulheres rebelaram-se. Estas mulheres, dotadas de um poder espiritual - inclusive passado de mãe para filha -, começaram a angariar de novo o prestígio de outros tempos, e isto passou a incomodar o poder religioso. Como admitir que algumas mulheres podiam ser livres e que algumas pessoas respeitavam o que elas ensinavam? Para acusar uma mulher de bruxaria era muito fácil: bastava uma mulher casada perder a hora de despertar, que o marido a acusava de estar sonhando com o demônio.
Neste dia, essas mulheres homenageavam a deusa Gaia (terra) em sintonia com esse deus (fecundo) para obter cada vez mais conhecimento, gerar filhos saudáveis e criar entendimento entre os familiares."


Por isso, Feliz Dia das Bruxas a todas as bruxas do mundo, pois como disse Rita Lee "só quem já morreu na fogueira sabe o que é ser carvão"!

30 outubro, 2007

Vamos lá...

E pra me tirar do marasmo em que eu andava, só uma idiotice deste tamanho.

"A desgraça humana começou no Éden, por causa da mulher (...). O mundo é masculino! A idéia que temos de Deus é masculina! Jesus foi homem!"
A declaração vai mais além, mas eu não quero me delongar. Apenas responderia ao Meritissimo juiz Edilson Rodrigues, que absolveu um marido que espancava sua mulher, que Jesus só poderia ser homem, de fato, graças à imbecilidade de sujeitos como ele, que de outra maneira, e naquela época, teriam trancado Jesus numa cozinha qualquer, feito Ele parir uma dúzia de filhos e Ele teria ido embora muito antes dos 33 anos.
Não preciso nem discorrer da imprecisão história do digníssimo, que vê o mundo tão pequeno quanto a cabeça dele e não saberia jamais de civilizações diversas do fundo do quintal da casa dele, onde sabe lá Deus, o masculino, o que acontece!
Só agradeço por não seu a advogada na dita audiência, senão, a essas alturas meus amigos, vocês teriam que me visitar na cadeia!

04 outubro, 2007

Abstinências

Escrever e ler pra mim sempre foram atos meio compulsivos, como respirar. Não consigo parar voluntariamente.
Da respiração a bronquite asmática levou uma boa parcela durante a infância. Da escrita a correria da vida adulta me tira a inspiração... ou o tempo.
É que o processo da escrita é como encher um copo de sentimentos. Bons, ruins, quaisquer que sejam. Quando o copo transborda as palavras caem no papel dando corpo às idéias, às sensações.
Tenho dúvidas se alguém já escreveu alguma coisa realmente boa sem estar no mínimo perturbado. Todo bom escritor é louco, depressivo, ou algo mais que lhe tire a paz de espírito, que o leve a escrever.
O que só me faz considerar que escrevo mal porque sou normal demais. Porque já passei a adolescência, o puerpério, ando sem crises matrimoniais ou questões filosóficas mal resolvidas. Não fumo mais, bebo coisa alguma como lactante de primeiros meses e nunca usei drogas ilegais... eu acho.
Pensando bem, se eu ler repetidas vezes o parágrafo anterior talvez fique deprimida o suficiente pra escrever alguma coisa boa.
Vou tentar, depois conto no que deu.