30 setembro, 2006

Eu desliguei na cara do Antônio Palocci

Sim, eu desliguei na cara dele.
Dele, precisamente não, mas da gravação que mal deixou eu falar alô e já saiu dizendo...
"Alô, aqui é o Antônio Palocci falando. Estou te ligando pq amanhã é dia de eleição e você..." blang.
Não sei o que ele tinha a dizer. Não me interessa. Agora é tarde, Inês é morta e ele perdeu a grandissíssima chance de dizer a que veio quando tava lá no Planalto.
Agora vem ligar na minha casa pra se justificar e pedir meu voto?
Pois vá plantar batatas!!!

25 setembro, 2006

Considerações esparsas sobre coisa alguma

Dois livros, um filme, e no meio do caminho, um casamento.
Andei por aí, revendo velhas amigas, revivendo uma adolescência inteira e acabei feliz da vida por ter a minha vida exatamente onde ela está (dadas as opções apresentadas).
E logo após o casamento (tecnicamente, no dia seguinte) fui viver outra catarse assistindo O Diabo veste Prada.
Quem já teve chefe entende o que eu digo! Quem já teve chefe também entende o filme!
E teje entendido!

Os livros?
Acabei impressionadíssima com Os caçadores de Pipa e o seu Afeganistão pré-Osama.
E assumo, pra quem quiser ouvir, que eu não entendo Garcia Marques e suas Putas Tristes, ou qualquer outro livro seu que eu tenha tentado. As putas são tristes, ninguém escreve ao coronel e a solidão dura cem anos. E eu? Eu quero pular da ponte de tanta tristeza antes mesmo de acabar de ler!
Prefiro as pipas, Prada e as bodas!

17 setembro, 2006

A Teoria das Panelas de Inox

Todo mundo já ouviu nessa vida aquela velha história de que toda panela tem a sua tampa. Que há, sim, alguém no mundo que foi feito única e exclusivamente pra você.
Talvez esta pessoa não esteja por perto, talvez tenha nascido lá em Timbaktu, enquanto você nasceu aqui, neste nosso Brasil, e por isso, muito justificadamente, só se meteu em relacionamentos furados, que não deram certo, que viraram um Titanic em franco mergulho ao fundo do mar.
Pois bem, eu também ouvia essa história, nas suas mais diferentes versões: a da panela com tampa, a do sapato com o pé, e outras menos ortodoxas.
Aí um dia eu casei. Mas o homem com quem eu casei não tem nada a ver com a tal teoria, independente dos muitos atributos que ele tenha pra ser a tampa da minha panela.
É que no meio do caminho eu ganhei de presente de casamento um lindo jogo de panelas, daquelas de aço inox, com não sei quantas camadas pra melhor conservar os alimentos, e outros tantos atributos que uma boa cozinheira (o que eu não sou) deveria saber.
O que de fato me chamou atenção é que, com a exceção de uma panelinha pequenininha que vinha no conjunto, todas as outras eram “intercambiáveis”.
Ou seja, todas as tampas serviam pra todas as panelas e vice versa.
Eu achei a coisa mais sensacional do mundo, pra dentro e pra fora da cozinha.
Primeiro por que eu não teria mais que ficar caçando tampa de panela. É só esticar a mão que qualquer uma serve, da caçarola à frigideira.
Segundo por que isso abria um novo leque de possibilidades no velho ditado da tampa e da panela.
Ninguém teria mais que esperar a sua cara metade que mora em Timbaktu.
Haveria outras tantas possibilidades de tampas para a sua panela, ou de ser a tampa da panela de outra pessoa.
Pensem bem: há pelo menos cinco panelas “intercambiáveis” no jogo. O que quer dizer que há pelo menos outras quatro tentativas, caso esta tenha ido pras cucuias.
Ou como dizem os Whitlams, uma das minhas bandas favoritas, numa excelente sacada: “Yes, you are one in a million, so there’s 5 more just in New South Wales.”
Portanto, nada de desespero.
O mundo é grande e as possibilidades finitas, mas variadas.
E agradeça, no final, à Tramontina, por ter mudado tão sabiamente as regras do jogo!

11 setembro, 2006











"Há quem diga que todas as noites são de sonhos.
Mas há também quem diga nem todas, só as de verão.
Mas no fundo isso não tem muita importância.
O que interessa mesmo não são as noites em si, são os sonhos.
Sonhos que o homem sonha sempre.
Em todos os lugares, em todas as épocas do ano, dormindo ou acordado".

William Shakespeare

Traumas

Uma vez ou outra a gente revive uns traumas de infância pra colocá-los novamente em perspectiva.
Ontem foi assim.
Quem me conhece sabe que os meus cabelos são naturalmente crespos. Não são cacheados, nem encaracolados ou outra palavra bonitinha que se possa usar. São crespos mesmo, pixaim, cabelo difícil.
Tudo bem, pois depois de anos de cabeleireiros e experiências esdrúxulas eu me acertei com eles e eles comigo. Mas não foi sempre assim.
Para um bom conhecedor de cabelos crespos, lavou, acabou. Não dá pra colocar a mão, escovar, mexer, brincar com ele, sem ficar parecendo um dos Jackson 5, ou Caetano Veloso versão Tropicália.
Mais ou menos pela pior fase de crise de identidade entre eu e os malfadados cachos, a Barbie era o sonho de qualquer menina.
Ainda não havia a versão Chinesa/Paraguaia, e toda menina queria uma Barbie para arrumar, vestir, pentear os cabelos que iam até a cintura e fingir que ela era a mulher que queríamos ser quando crescer, mas elas ainda eram extremamente caras.
Assim, só viria como presente de aniversário ou Natal.
Para a minha felicidade total e completa, meu aniversário caía (e ainda cai, obviamente) exatos sete dias antes do Natal, o que fazia as duas possibilidades virarem uma só.
De qualquer maneira, eis que minha tia se voluntariou a me dar a boneca que eu já queria ter fazia tempo.
Entendam que eu não era muito de bonecas. Preferia brincar de escritório, jogar algum jogo, ler qualquer coisa, mas a Barbie com seus longos cabelos loiros era a minha desforra, minha válvula de escape da realidade crespa em que eu vivia.
Eu deveria saber que quando a esmola é demais, o santo deve, sempre, desconfiar.
E onde fomos buscar minha boneca? No Hospital de Brinquedos, onde podiam ser achadas partes perdidas de diversos brinquedos para fazê-los ficar novinhos em folha.
Pois minha tia descobriu que podia comprar duas pernas, dois braços, um tronco e uma cabeça por metade do preço de uma boneca de caixa!
Foi assim que minha boneca veio ao mundo, numa cirurgia com toques de Frankenstein, fazendo-se assim, a nova criatura.
E qual não foi o meu choque, pânico, espasmo, síncope, quando a ÚNICA cabeça disponível era uma black power loira, com aquele sorriso plástico reluzente e aquele batom rosinha olhando pra mim.
Fui para casa com uma Barbie nua em pêlo e um cabelo black power, achando, desde cedo, que o mundo era realmente um lugar bastante sarcástico.
A Barbie ficou lá, com seus cabelos intocados por escova ou pente que fosse. Graças a ela e a uma catapora, aprendi a tricotar aos dez anos para vesti-la apropriadamente.
Fiz um guarda roupa completo. Aprendi até a fazer umas costurinhas.
Acho que ela me fez um pouco fashionista e muito pouco conformada com a minha realidade.
Não tive outras depois dessa.
Hoje sei que fazem as bonecas de várias etnias, para serem, de certa maneira, politicamente corretos.
Eu tenho cá pra mim que uma menina que compra uma boneca dessas quer o que ela almeja ser, quer fantasia, e não realidade.
Por isso, se eu fosse ter outra Barbie, desta vez compraria uma japonesa, por que estas, com certeza, vêm com o tal cabelo liso!

05 setembro, 2006

Brrrrrr


Oi, não posso atender no momento, pois estou congelando em Curitiba, capital da Islândia!
Deixe seu recado após o bip que responderei após o feriado.
Biiiiiip!