29 junho, 2009

Quem vai pôr o dedo aqui?

Prezados colegas desavisados,

Você, que como eu está reformando a sua casa e vai ter que trocar os espelhos de luz, encontrará a(in)grata surpresa de não mais encontrar a boa e velha tomada, e sim este objeto de design a discutir que vossas Senhorias podem observar abaixo.



A idéia me parece boa: padronizar o sistema de plugues e tomadas, que hoje tem em torno de dez modelos diferentes circulando no mercado e aumentar a segurança para aquelas crianças curiosas que adoram enfiar o dedo, ou outros objetos, onde não devem.
Estimam os criadores desta maravilha que em torno de 80% dos produtos vendidos no mercado já têm pinos que atendem ao novo padrão.
Porém, consumidor desavisado, leia: produtos no mercado! Isto não quer dizer "produtos na sua casa"!
Numa rápida vasculhada descobri para minha alegria que mais de 50% dos produtos da minha casa não têm o dito pino adaptável ao ÚNICO tipo de tomada à venda nas maiores lojas do mercado.
Eles são mais ou menos assim:



Isto porque estou falando de mim, cidadã de classe média, casada há pouco mais de 5 anos, com tudo ainda mais ou menos novo em casa.
Fiquei sabendo também ao ler as reportagens sobre a nova padronização que os Benjamins, essas criaturas sugadoras de energia para mais de um objeto ao mesmo tempo serão EXTINTOS do mercado. Estes, que serviriam de adaptadores entre meus pinos e as tomadas alienígenas, serão extirpados das prateleiras logo, logo.

E aí, euzinha, que tenho plugues que não se encaixarão nas novas tomadas, precisarei de adaptadores que ao contrário de aumentar a segurança da criança que mora em casa, causarão mais um desconforto, pois eu não tenho dinheiro para trocar metade dos eletrodomésticos da casa porque a ABNT assim entendeu. Isso pra não começarmos a falar de produtos estrangeiros...

Assim, estou cogitando abandonar a profissão atual e abrir um museu de plugues e tomadas, nos moldes daqueles museus de azulejos, pois sinto que um novo nicho de mercado está prestes a ser criado...

Ass.

Uma consumidora frustrada
Um amigo meu tem razão: a escola estraga as crianças! Elas começam falando tão bonitinho... aí vão lá ensinar pra elas a linguagem dos adultos e é o começo do fim daquela graça toda.

-Quem quer tomar banho? - Ueeeeuuuu!
- Tô window!!


E quando os brinquedos estão jogados no chão, ela começa a organização e ordena, do alto da sua cadeira leonina de rainha da selva: “runta, mamãe!”

Aliás, o r está por toda parte: “Ramu passiá! Vem, mamãe. Vem, papai. Ma-ma-nhêê, ramu!!”

E quando eu menos esperava, porque já não insistia mais, vieram as pérolas: “O-bi-ga-da, mamãe!” Assim, pausadamente, como quem quer se fazer entender e “Icença!”. Pra tudo essa menina pede licença, até pros brinquedos!!

Agora já não quer mais que leiamos as histórias, pois ela mesma se encarrega de contá-las, dizendo “aíí... a me-ni-na udffhiurghva e aí... o me-ni-no hgdfiuywi... aíí..a fôzinha nu pé do Bambi.” e assim vai até o final do livro.

A paixão pelo “Pabo” e dos demais Backyardigans é irremediável. Não só descobri há algumas semanas que ela sabe o nome de t-o-d-o-s os cinco, como de ter visto as cenas um zilhão e trezentos bilhões de vezes, ainda narra as ditas pra mim: “Óia, mamãe, u Pabo vai passiá. Òia o carro do Pabo!” Ó céus...

Deu de comer sozinha e não aceita ajuda de jeito nenhum, o que acaba resultando em obras de arte moderna nos arredores do cadeirão. Bolo? Só passando o aspirador de pó em seguida! Do cabelo aos pés, e no raio de um metro ao redor. Mas come tudo e come bem, e come a nossa janta depois de terminar a dela! Antes assim!

É tanta coisa, e cada dia uma coisa nova, e cada dia uma coisa fofa que ela fazia e não faz mais e vem com outras coisas fofas no lugar. Dá vontade de deixar uma câmera ligada o tempo inteiro, porque passa tão rápido, tão rápido... que daqui dois meses ela estará de uniforme na escolinha nova e aí, lá se vai a fofurice...

06 junho, 2009

Casa Cor(reria)



Conforme bem descreveu meu marido, ir à Casa Cor esta noite com a pequena notável foi algo como passar as primeiras cinco fases do Super Mario Bros. (coisa que eu nunca consegui fazer, na minha inacreditável aptidão...) sem nem parar pra respirar.
Tinham piras artificiais e poços com carpas cobertos (em parte) por finissímas camadas de vidro. Tinham piscinas e mais piscinas, vãos de toda espécie e escadas, muitas escadas. Sem contar os lindos e irresistíveis objetos de decoração...




Ahhhh, podem dizer que não é lugar de criança, eu sei... mas às vezes ou se leva a criança ou não se vai de jeito nenhum. Azar de papai e mamãe Bros. que não conseguiram dar mais de 30 segundos de atenção consecutiva aos seus ambientes preferidos.
Sem contar a teoria já exposta abaixo de que quanto mais caro o lugar, mais bonito o escândalo. Portanto lá fomos nós de novo, com a "lady do bandejão" fazendo escândalo na Casa Cor...

Mas a raiva passa assim que ela olha como se fosse a coisa mais extraordinária do mundo uma banheira de hidro fazendo bolinhas e sai aos prantos da Casa Kids porque o quarto de brinquedos não era pra brincar de verdade. E então sair falando com brilho nos olhos até chegar no portão da "paiêde de boínhas" coloridas do chão ao teto...



Enfim, diversão garantida pra família toda e exercício aeróbico de primeira!!



Agora, pra ver os ambientes mesmo, acho que vou comprar a revista... ;-)