21 dezembro, 2007

Have yourself a merry little Christmas!



E porque eu vou pôr o pé na estrada por uns tempos, ver amigos, família, o mar e as montanhas, fica aqui um FELIZ NATAL, cheio de paz e esperança de que esse mundo ainda tem jeito, e que 2008 comece com risos, abraços e notícias de dias melhores ainda!

Personal footer

Falta um centímetro pra ela conseguir colocar o dedão do pé na boca. E isso é o máximo de ginástica que se tem feito nesta casa ultimamente...

Aos 45...

  1. Aos 45 do segundo tempo, os Srs. Juizes só me intimam pra tirar onda com a minha cara. Fora a minha reação feliz de sair daqui pra SP com um bebê debaixo do braço e chegar lá pra ver uma petição de (eu gravei a data de desgosto) 18 de maio de 2006 pedindo dilação de prazo pra fazer diligências a respeito de documentos fornecidos pela própria parte e que já estão juntados ao processo, sendo que a ação só passou a existir no meio de 2007... E eu falo o que? V. Exa, o prazo, segundo a data da petição, já acabou... V. Exa. os documentos já estão no processo... V. Exa., eu quero terminar minhas compras de Natal no shopping, curtir minha filha e tirar férias. Defira isto, por favor!

14 dezembro, 2007

Hard Day's Night

Nos tempos de professora da Cultura Inglesa, fizemos um "get together" entre alunos e professores, com família e tudo mais. A aluna de uma amiga minha veio puxando o marido pela mão e apresentou-o à professora: "Teacher, this is my hamster!"
A cena antológica, ficou pra história na escola.
Meu hamster tá viajando há dois dias e a minha assistente, ansiosamente aguardada, travou a coluna e não vem trabalhar hoje. Eu quero a minha mãe, mas ela tá a 600 km daqui, mas também serve uma cozinheira, babá, amiga, heeeeeeeeeeelp!

*

Meanwhile, faltam 3 dias pro meu aniversário, 10 para o Natal e pouco mais pro fim do ano e nem a árvore de Natal saiu da caixa ainda. Eu preciso terminar mundos e fundos antes do fim deste ano! Tem prorrogação?

11 dezembro, 2007

Sunny side of the street


Tem dias em que trabalhar em casa é bom demais...

05 dezembro, 2007

Sei lá...

Tem dias que eu fico
Pensando na vida
E sinceramente
Não vejo saída
Como é, por exemplo
Que dá pra entender
A gente mal nasce
Começa a morrer
Depois da chegada
Vem sempre a partida
Porque não há nada
Sem separação

Sei lá, sei lá
A vida é uma grande ilusão
Sei lá, sei lá
Só sei que ela está com a razão

Da vergonha de ser brasileira

Não vou comentar.
Pensei em várias coisas pra escrever sobre a barbaridade que acontece no Pará, mas todas elas descambam para os palavrões mais chulos que eu conheço.
Também não sei dar uma alternativa viável para resolver aquilo lá, porque tudo que vem à minha cabeça são métodos medievais de tortura aplicados a todos os envolvidos, que vão desde a castração física até o velho olho por olho de Hammurabi, despertando os sentimentos mais animalescos que eu tenho dentro de mim.
Assim sendo, não consigo pensar.
Principalmente por todas as autoridades envolvidas diretamente com o caso serem tão mulheres quanto a vítima.
Só me resta uma pergunta, Dra. delegada Flávia Pereira, Excelentissima juíza Clarissa de Andrade e dona governadora Ana Julia: E SE FOSSE A FILHA DE VOCÊS LÁ DENTRO?? E se fossem vocês lá dentro?
Não vou torcer para que o mesmo aconteça com elas, porque isso não deve acontecer com nenhum ser vivo, humano ou não. Mas se há justiça no mundo esse povo ainda vai ter de volta a medida do que fizeram.
No mais, sinto vergonha.
Muita vergonha!

29 novembro, 2007

Anotações

Folheando minhas anotações da pós pra fazer a never-ending monografia, achei este desabafo perdido:

"Há muito ando quieta. Mas neste período de nudez literária ando pensando. Em tantas coisas quantas existem no mundo. E que momento melhor para passá-las para o papel se não no meio de uma aula de ...
Ando grávida, ando à flor da pele. O sol e a chuva são proporcionalmente influenciantes no meu bom e mau humor respectivamente.
Ouço o professor dizer que uma boa monografia é uma boa dúvida. Posso então escrever sobre a fome do mundo? A guerra dos homens? A empáfia dos governantes? Porque todos estes temas me geram dúvidas imensas. Dúvidas de começo, meio, e principalmente, de fim.
Duvido da honestidade dos homens e tenho, particularmente, dificuldade em aceitar as diferenças nos outros quando as minhas diferenças não são aceitas.
Novamente ouço o professor: 'independente da idéia que qualquer um de vocês possam ter tido, vocês não terão sido os primeiros a pensar nisso'.
Então por que ninguém até hoje achou respostas para as respostas que eu procuro?"

Hoje não estou mais grávida, me vesti de poesia, o sol veio pra ficar neste verão, tenho entendido um pouco mais das diferenças, mas as dúvidas....

26 novembro, 2007

In my dreams

Hum, acordei hoje com uma vontade de ir pra Grécia...
Alguém tem alguns milhares de dólares mais uma babá pra me emprestar?

22 novembro, 2007

Chacina

Hoje foi dia de chacina na vizinhança.

Fazendo nossa caminhada matinal recém re-instituída, demos de cara com Dona Bem-Te-Vi e toda a cambada de amigos pardais e passarinhos da vizinhança tentando proteger seu ninho de um tucano muito dos sem-vergonha que tentava comer os ovinhos.

Pra quem acha que tucanos só existem no Pantanal, aqui no leste de SP vira e mexe a gente cruza com um. E eles vivem dos ovinhos de outros pássaros, por isso, apesar do biquinho colorido e coisa e tal, o Sr. Tucano é na verdade um comedor de criancinhas!

E Dona Bem-Te-Vi foi a vítima do dia, pois ele mandou os dois ovinhos guela abaixo, debaixo (ou melhor, acima) de nossos olhos pro desespero meu e da passarada.

Eu sei que é coisa da natureza, "survival of the fittest", Darwin e etc., mas meu coração de mãe se compadeceu de Dona Bem-Te-Vi!

Tá aqui a foto do criminoso:




Quem souber do sujeito avisar as mães-passarinhas da região pra esconder bem seus ovinhos...

21 novembro, 2007

As vacas

Andei faxinando meus arquivos e achei esta crônica perdida por lá. Escrevi há uns quatro anos, mas pelo andar da carruagem, parece que foi ontem.


AS VACAS


Acabei de chegar em casa e tinham quatro vacas descendo o quarteirão. Desciam como se aquele território lhes pertencesse por direito. Desciam como se aquilo fosse absolutamente natural. Quatro vacas passeando pelo asfalto gélido de uma noite de inverno.
Parei o carro, desci e fui até a esquina para ter certeza de que eu não estava tendo uma alucinação.
E por que eu achei aquilo tão estranho? Afinal havia um fator contribuinte: eu morava na saída da cidade, onde várias chácaras e fazendas se empilhavam nas curvas da Serra da Paulista.
Mas ainda assim vários pensamentos me ocorreram. Imaginei as vacas caminhando pela estrada da serra, em direção à cidade, para um passeio corriqueiro, à luz da lua cheia. Imaginei as impressões das vacas com relação àquela paisagem tão entrevada de casas e asfalto, tão diferentes de seu habitat natural. Com carros velozes a fazer barulho e televisores em alto volume anunciando a novela das oito que já ia começar.
Provavelmente, o que as vacas despertaram em mim foi a necessidade de ver além do óbvio. De ver além do que nos parece normal quando não deveria ser, enquanto o que poderia ser normal nos salta aos olhos.
Afinal, é fácil ver quatro vacas passeando pelo asfalto, desacompanhadas no meio da noite. Porém temos gente morrendo de fome à nossa volta, crianças sem educação, pessoas roubando e enganando debaixo de nosso nariz, mas isso parece normal. E se não parece, estamos fazendo o possível para parecer.
A repetida mostra de violência que a televisão dá seu aval ao mostrar, faz com que cenas que deveriam ser para sempre desconcertantes se tornem óbvias e rotineiras.
E as vacas, tão alheias a esta nova paisagem que nos rodeia, se tornam a grande atração de quem tem cabeças rolando todo dia nos noticiários.

18 novembro, 2007

Tic-tac, tic-tac..

Essa combinação esdrúxula de ir pra casa da mãe com a cria debaixo do braço, trabalhar por lá e ainda tentar pôr o papo em dia com a família e os amigos me deixa meio zonza por uns dias quando eu volto.
Desta vez ainda teve um casamento junto.
Já faz três dias da volta e as malas ainda estão lá, intocáveis.
Preciso desfazê-las, preciso entregar todos os trabalhos com prazo estourado, preciso estocar leite pros dias de pós graduação... Preciso produzir leite primeiro.
Preciso descansar deste feriado!!!

31 outubro, 2007

De volta ao começo...


E pq é impossível a coexistência pacífica entre crenças diferentes, segue a explicação do site do Terra:


"As bruxas nada mais eram do que mulheres que conheciam e entendiam do emprego das ervas medicinais para a cura das enfermidades nos vilarejos onde viviam. Também estavam aptas a realizar partos e a preparar ungüentos medicinais.

Com o advento do Cristianismo, a era patriarcal acabou por imperar, até porque o Salvador era um homem. As mulheres foram colocadas em segundo plano e identificadas como objetos de pecado utilizados pelo diabo.
É claro que algumas mulheres rebelaram-se. Estas mulheres, dotadas de um poder espiritual - inclusive passado de mãe para filha -, começaram a angariar de novo o prestígio de outros tempos, e isto passou a incomodar o poder religioso. Como admitir que algumas mulheres podiam ser livres e que algumas pessoas respeitavam o que elas ensinavam? Para acusar uma mulher de bruxaria era muito fácil: bastava uma mulher casada perder a hora de despertar, que o marido a acusava de estar sonhando com o demônio.
Neste dia, essas mulheres homenageavam a deusa Gaia (terra) em sintonia com esse deus (fecundo) para obter cada vez mais conhecimento, gerar filhos saudáveis e criar entendimento entre os familiares."


Por isso, Feliz Dia das Bruxas a todas as bruxas do mundo, pois como disse Rita Lee "só quem já morreu na fogueira sabe o que é ser carvão"!

30 outubro, 2007

Vamos lá...

E pra me tirar do marasmo em que eu andava, só uma idiotice deste tamanho.

"A desgraça humana começou no Éden, por causa da mulher (...). O mundo é masculino! A idéia que temos de Deus é masculina! Jesus foi homem!"
A declaração vai mais além, mas eu não quero me delongar. Apenas responderia ao Meritissimo juiz Edilson Rodrigues, que absolveu um marido que espancava sua mulher, que Jesus só poderia ser homem, de fato, graças à imbecilidade de sujeitos como ele, que de outra maneira, e naquela época, teriam trancado Jesus numa cozinha qualquer, feito Ele parir uma dúzia de filhos e Ele teria ido embora muito antes dos 33 anos.
Não preciso nem discorrer da imprecisão história do digníssimo, que vê o mundo tão pequeno quanto a cabeça dele e não saberia jamais de civilizações diversas do fundo do quintal da casa dele, onde sabe lá Deus, o masculino, o que acontece!
Só agradeço por não seu a advogada na dita audiência, senão, a essas alturas meus amigos, vocês teriam que me visitar na cadeia!

04 outubro, 2007

Abstinências

Escrever e ler pra mim sempre foram atos meio compulsivos, como respirar. Não consigo parar voluntariamente.
Da respiração a bronquite asmática levou uma boa parcela durante a infância. Da escrita a correria da vida adulta me tira a inspiração... ou o tempo.
É que o processo da escrita é como encher um copo de sentimentos. Bons, ruins, quaisquer que sejam. Quando o copo transborda as palavras caem no papel dando corpo às idéias, às sensações.
Tenho dúvidas se alguém já escreveu alguma coisa realmente boa sem estar no mínimo perturbado. Todo bom escritor é louco, depressivo, ou algo mais que lhe tire a paz de espírito, que o leve a escrever.
O que só me faz considerar que escrevo mal porque sou normal demais. Porque já passei a adolescência, o puerpério, ando sem crises matrimoniais ou questões filosóficas mal resolvidas. Não fumo mais, bebo coisa alguma como lactante de primeiros meses e nunca usei drogas ilegais... eu acho.
Pensando bem, se eu ler repetidas vezes o parágrafo anterior talvez fique deprimida o suficiente pra escrever alguma coisa boa.
Vou tentar, depois conto no que deu.

28 setembro, 2007

Vê-las, velas...


Era uma poesia pendurada em um varal numa das bibliotecas da USP. O autor era aluno ou aluna de um curso de graduação, então não poderei dar os créditos devidos. Mas ficou gravada na minha memória... Não as palavras em si, mas o sentido dela. Uma poesia que eu me arrependo de não ter transcrito. Contava a história de uma moça que gostava de acender velas. E era recriminada pelas pessoas que diziam que não devia acendê-las pois elas atraiam os que já tinham ido dessa pro outro lado. E assim passou o tempo, e as pessoas sempre dizendo a mesma coisa, e ela apagando as velas... Até a chegada da velhice, e cada vez menos pessoas para recriminar, ou conversar, ou estar ali, que fosse... Então ela acendeu novamente as velas... pra poder ter companhia.
Tenho sentido vontade de acender velas...

24 setembro, 2007

Parce que la vie n'est pas rose

"Para os erros há perdão; para os fracassos, chance; para os amores impossíveis, tempo. De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma. O romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance. Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar. Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando, porque embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu."

Não sei bem de quem é... emprestei de uma amiga, mas tenho precisado meditar a respeito...

15 setembro, 2007

De amores e paixões

Voltei... em pleno sábado à noite, o que denota a minha situação de mãe nova.
Não tem sido assim sempre, não.
Clarinha já conheceu a estrada da vida, nossa vida mambembe.

Já conheceu também os grandes bailarinos do Cisne Negro em apresentação única no teatro da cidade. Com direito a lugar no balcão e tudo mais.
O que eu mais admiro no talento e, é claro, no esforço destes profissionais é fazer com que uma coisa sobrehumana de tão difícil pareça uma pluma a flutuar ao vento. Meus maiores respeitos e também frustração pela bailarina que eu não cheguei a ser.

Ando apaixonada, leve, feliz, com a sensação de ser infinita que só um filho traz (ainda que bastante resfriada...).

Por fim, empresto um trecho lindo de uma crônica roubada daqui:

O homem só tem duas missões importantes: amar e escrever à máquina. Escrever com dois dedos e amar com a vida inteira.

27 agosto, 2007

De meios, fins e recomeços

Minha filha esboçou seu primeiro ato de independência ao completar duas semanas de vida: não aceitou dormir no nosso quarto e foi dormir no seu bercinho...
Imagino o que me aguarda...
Andei filosofando desde que ela nasceu.
Andei nostálgica também. Relembrando amigos que estão longe, conversas memoráveis.
O descanso de tela do computador desfila fotos que tiramos desde que ingressamos no mundo digital, e outras tantas fotos antigas que se juntaram a estas pra nos lembrar do caminho que fizemos até aqui.
Este blog faz parte deste caminho.
We have come a long way, mas as prioridades agora exigem que eu me volte pra outros lados e eu não gostaria de me sentir na obrigação de atualizá-lo só por ter que fazê-lo.
Não vou encerrá-lo, só vou aparecer menos. Não vou parar de escrever, o que seria equivalente a parar de respirar pra mim, mas vou me ater às crônicas e textos que eu tenho tentado trabalhar.
Vou colecionar meus melhores momentos e fazer uma constelação de memórias pra não se apagar jamais.
Vou beber de outras fontes e quem sabe trazer novas histórias.
São tempos novos e eu preciso ir por aí vivê-los!

24 agosto, 2007

Clara

E pra homenagear Clara, cito Clarice:

"Ela acreditava em anjo e, porque acreditava, eles existiam."

(A Hora da Estrela)

Não tenho tido muito tempo pra escrever pq meu anjo, apesar de anjo é bastante carente de atenção e cuidados ainda...

12 agosto, 2007

Direto da maternidade

"Caros Amigos,

Hoje as 7:26 da manhã, depois de 8 1/2 meses de espera e de tirar uma com a cara dos pais, nasceu Maria Clara, pesando seus 3.205 kg.
Linda e serena, ela já conquistou os corações de todos em volta.
Mãe e filha estão muito bem. O pai precisa de doações de babadores super absorventes e a avó coruja não para de caminhar de um lado para o outro.
Esperamos ver a todos em breve...
Um feliz dia dos pais a todos!"

06 agosto, 2007

Alguns dias depois

A amiga não embarcou...

O marido voltou...

A filha ainda não nasceu, observando com muita graça toda a nossa ansiedade...

Enquanto isso esperamos!!

02 agosto, 2007

Enquanto isso...

... no balcão da Gol em Curitiba, às 6:30 da manhã, minha comadre, que havia arrastado os 3 filhos de 4 meses a 5 anos de pijama, mais o marido junto:
-- Moço, o senhor não tá entendendo. Eu TENHO que viajar pra Campinas. A minha amiga tá parindo e o marido dela não tá lá!!!
-- Mas a senhora é obstetra?
-- Não, eu sou dentista.
-- ....?

Coincidência?

Ontem saí pela primeira vez sozinha de carro depois do período de clausura.
Paramos com o remédio e vamos deixar a baixinha sair a hora que ela quiser agora, se bem que seria bom ela esperar uns dois dias mais pq o pai dela tá viajando...
Estou chegando pra almoçar subindo a rua quando vem um bêbado desembestado descendo, pára na frente do meu carro e desmaia! Precisaram dois pra rebocar o indíviduo. Sem contar que o episódio aconteceu em frente a uma escola fundamental no horário de saída, me deixando sem ter pra onde escapar.
Depois do almoço estou chegando na esteticista e pego uma senhora desmaiada na esquina do lugar. Essa eu reboquei pra casa. Dois desmaiados num dia só, achei melhor voltar pra minha clausura...

30 julho, 2007

Pan e Circo

Acabado o Pan, ficamos somente com o circo.

Medalha de ouro pra Renan Calheiros como melhor palhaço do picadeiro!

25 julho, 2007

Patriotismo Tupiniquim, parte II

Agora, na hora de ser brasileiro, com muito orgulho e muito patati patatá, como diz a música, ninguém se mobiliza pra parar aquele aeroporto infernal em SP.
Aí o Jornal mostra na TV aquele monte de gente revoltada, chorando que o avião foi cancelado.
Tava fazendo o que lá?
Não ficou em casa, adiou a viagem, trocou de aeroporto, pegou um ônibus por que???
Ah... mas é inadiável. Pra mim, inadiável é não ter incômodo.
Foi necessário que as companhias aéreas boicotassem o aeroporto, porque o povo tá lá, firme e e forte. Cada um olhando o próprio umbigo e batendo em comissárias de bordo que a essas alturas da crise merecem um bom adicional de insalubridade... e insanidade pública!

Patriotismo Tupiniquim, parte I

Não sei se me trinco de vergonha ou desligo a televisão quando vejo os competidores do Pan de outros países serem vaiados simplesmente por vestirem outras camisas que não as nossas.
Para o torcedor brasileiro que se encontra nos estádios e ginásios do Pan, a meu ver, não importa o esforço empregado para ostentar a medalha de ouro, nem a performance e nem o tanto que aquela pessoa merece estar ali. Não é brasileiro, a gente vaia!
Novamente, que vergonha!
Meus pais nunca me ensinaram a vaiar em competição alguma. Meu pai sempre me levava pra ver o Sul Americano de handbol que era sediado na minha cidade, mas sempre ficou claro na minha cabeça que ganhava quem tinha jogado melhor. Torcer, gritar, sim, fazer figas pro outro não acertar, vá lá, mas vaiar assim...
Eu só posso crer por essa demonstração completamente anti-esportiva que brasileiro não sabe o que é ganhar por mérito.
Os nossos merecem ganhar. Pq? Por que são brasleiros, oras. Tão somente isso. Se precisar a gente dá um jeitinho, conversa com o árbitro, "ô seu árbitro, quebra um galho vai, faiz u povu feliz, o Pan tá no Brasil..."
É por essa e por outras que, apesar da minha conhecida antipatia com a arrogância americana, aplaudi o resultado do basquete ontem. As americanas mereceram vencer com cestas de 3 pontos fantásticas, enquanto as brasileiras não acertavam uma dentro nos últimos minutos de jogo. Merecem ganhar só pq a Janeth tá saindo? Uma pena, mas não. Qual seria a lógica disso?
Enquanto este for o entendimento da torcida, acho que quem merece uma boa vaia é a gente!

Macaquices

A melhor do macaco Simão ontem na Folha de São Paulo:
"Quem tem um Minisro da Defesa desses não precisa de guerra!"
E não é que parece que o homem se demitiu...

22 julho, 2007

E as consequências...

Eis que me mudei de vez pra minha cama. Cama que não via há mais de um mês!

Mudar de 200 km/h pra 5 km/h em menos de 24 hrs tem lá suas consequências, entre elas uma dor de cabeça fenomenal.

Mas finalmente estou conseguindo assitir a TODAS as provas do Pan, todos os filmes, séries, seriados, livros, o Asterix que compramos e ainda não lemos, etc, etc.

O laptop está instalado e operante.

Meu marido/mordomo/father to be traz todas as refeições já que eu não posso descer as escadas e eu já não tenho mais como agredecer, a não ser pensar que todas aquelas internações por pedra no rim estão sendo devidamente descontadas...

Apressadinha...


Maria Clara quis pq quis nascer na sexta feira.
Quando percebi as contrações já estavam espaçadas de 8 em 8 minutos.
Batemos um papo camarada com ela e explicamos que 35 semanas e meia não é idade de gente grande, pra ela ter um pouquinho mais de paciência.
Como argumentos ficaram 3 medicações diferentes e cama pelos próximos dez dias.
Mas se por acaso eu andar sumida, é pq ela não nos deu ouvidos!

09 julho, 2007

Por onde andei...

Os casais de judeus ortodoxos descem alinhados a caminho da sinagoga no sábado de manhã e eu espero o carro chegar pra colocar meia vida no porta malas de volta pra casa.
É só um feriado.
A outra metade vai ficar pra quando efetivamente voltarmos. Minhas roupas vão comigo, afinal, não há muito que me sirva mais.
Foram duas semanas corridas, essas últimas. Engoli São Paulo em uma única garfada: Pinacoteca, Museu da Língua Portuguesa, Livraria Cultura (a nova), OSESP na Sala São Paulo, e as inevitáveis ZePa e 25... mais almoços, jantas, amigos de longa data a muito não vistos.
Maria Clara foi junto, já que não resta outra escolha até que ela e eu sejamos duas pessoas.
E teve o trabalho. Abençoado trabalho.
A tradução no alto da torre, sob acordo de sigilo profissional, olhando a cidade toda de cima e achando que não ia dar tempo, não ia acabar nunca, enquanto os carros passavam empilhando-se pra escapar para não tão longo mas muito bem vindo feriado.
Voltei pra casa pra ver um burro pastando na esquina.
Ah, as peculiaridades dos meus mundos...

24 junho, 2007

Pra dizer adeus


Foi-se embora, no meio de uma tarde de sol do dia de São João, meu avô.

Foi descansar dos seus 95 anos de vida cheios de histórias pra contar.

Que o senhor vá em paz e vá com Deus.

Nós ficaremos com as histórias e as lembranças!

Até a próxima!

20 junho, 2007

Nota

Eu falei que eu devia ter ido ver o Paulo Autran no Teatro com O Avarento antes que ele começasse a pifar.
Pois não deu outra, e agora que eu tô de mala e cuia em sp, o homem tá no hospital.
Volta Paulo!!!!

15 junho, 2007

Pq hoje é sexta

Descendo as escadas de casa pra tomar café hoje de manhã vi pela janela um jegue cruzando a rua. Ia sozinho, pacato, lá pelas oito da manhã, como quem não tem pressa pra picar cartão ou começar a jornanda do dia.
Ou seria um burro? Ou mesmo um jumento?
Não sei bem a diferença técnica entre eles, mas a dois dias da temporada na cidade grande tenho certeza que vou sentir falta desses detalhes tão pitorescos que os locais talvez nem dêem bola.
Entre uma temporada de trabalho e outra de gripe fui forçada a parar uns cinco minutos pra colocar a vida em perspectiva, e, na verdade, conclui coisa alguma até agora.
A barriga cada vez maior me faz mais prática que filosófica, portanto, preciso terminar o trabalho, fazer backup do computador, descongelar a geladeira, fazer as malas da nenê, caso ela resolva nascer em São Paulo, e, depois de descer a serra amanhã de volta da pós graduação, quem sabe relaxar um pouquinho...

05 junho, 2007

30 maio, 2007

Os doze trabalhos...


1- Pegar um avião em Campinas, fazer escala em Guarulhos (?!) e aguentar uma hora de turbulência sem serviço de bordo até chegar em Londrina.

2- Ajuizar 1.001 ações (figure of speech) em vários lugares diferentes, distribuindo uma carriola de papel (pobres árvores) antes do fim do dia.

3- Levar chamada do cartorário sem noção na frente dos outros advogados.

4- Chamar a tropa de choque pra interceder pro cartorário não botar meia viagem a perder.

5- Atender mais uma dúzia de latecommers que você avisou em novembro que o prazo vencia em maio.

6- Visitar toda a família que quer ver a barriga imponente no alto dos seus seis meses.

7- Fazer tudo isso com um saltinho fino, mas muito elegante, sem o qual ninguém te leva a sério como profissional (deve ser essa a verdadeira teoria da aparência).

8- Fazer tudo isso com os únicos 6° C que deram o ar da graça naqueles dias.

9- Voltar pra casa com check in às5 horas da manhã.

10- Trabalhar em São Paulo e interior nos próximos dias e se perder 5 vezes indo e voltando da zona Leste.

11- Fazer a bateria de exames pré natais no meio de tudo isso, incluindo glicose, hemograma e umas tantas picadas pra tirar sangue.

12- Voltar pra casa depois de dez dias e saber que o seu concurso não foi adiado, então vc vai ter que viajar de novo em 3 dias.

17 maio, 2007

Momentos são...

* Não sei porquê, mas de tempos em tempos o template aí de cima com a caneca some e eu tenho que registrar tudo de novo...


* Hoje de manhã meu marido conversando com a minha barriga:

- Maria Clara, você tem que cuidar da casa onde você mora. E, no momento, você mora na mamãe, e se você continuar a chutar a mamãe desse jeito ela vai acabar toda esculhambada por dentro...


Não é um amor?


* Eu tenho trabalhado além da conta e estado fora de casa mais ainda. E, além disso estamos mudando de base logo, logo, então só resta dizer que além do corpo não me pertencer mais, a vida parece que também não...

07 maio, 2007

Festa na roça

Fim-de-semana tranquilo na roça.
Domingo de manhã a viola correndo solta enquanto a sertanejada da serra vem encostar seus cavalos no bar da esquina, onde a carne já ferve na churrasqueira e as garrafas de pinga vão ser esvaziadas muito antes do sol se pôr.
Muitos mal têm dentes na boca, o que não impede a prosa e os causos de rolarem livremente pelo estabelecimento.
Agora que nós estamos de malas semi-cerradas pra passar uma temporada na selva de pedra, cada peculiaridade volta a ser absorvida como nos primeiros meses, responsáveis por muitas crônicas que estamparam este blog e outras ainda sem publicação.
A correria da vida nos levou pra outros lados, mas agora, neste último trimestre de gestação, estamos tentando chocar a cria de volta no ninho.
Ninho itinerante é verdade, mas não menos um ninho.

Que todos tenham uma boa semana!

30 abril, 2007

O Tao

Tudo é mutação e nada existe sem ela- assim a China concebe o mundo. E nessa visão abrangente do Cosmo como um todo flutuante, um imenso Caleidoscópio, como se processa a Mutação?

Não pergunte quem sou eu; pergunte quem estou sendo.

Inexiste no Oriente o conceito de entidade, de coisa, ou a noção de substancialidade, mas sim processos do vir a ser que se desenvolvem entre nascimento e morte. O fascínio de tudo que brilha sobre a Terra realça a função de reflexo a conduzir os seres humanos para além dessas formas imperfeitas que constituem as suas moradas.

Momentos de dificuldade e de perda interagem com momentos de encontro e de ganhos. Ora nos aproximamos, ora nos afastamos, em ciclos contínuos e intermináveis. Quem descobre como sobreviver em situações limite e muito difíceis sai das perdas acrescido. Quem se insulfla de prepotência pelo sucesso conquistado sai da prosperidade diminuído.

Ao contrário do Ocidente, que pensa o Universo em termos materiais, o Oriente o pensa em termos de fluxos mutantes. Na realidade, não há quem mude; há apenas a Mutação.

(I-Ching- O livro das Mutações, Alayde Mutzenbecher)

27 abril, 2007

Um dia de cada vez

Pela estrada afora eu não vou sozinha, mas apesar de saber que há luz no fim do túnel, às vezes o túnel se afunila e faz com que as certezas que um dia tivemos passem a ser dúvidas insistentes que pairam sobre nossas cabeças.

São tempos complicados novamente, e apesar do cinza no céu lá fora, hoje foi o primeiro dia que pudemos respirar com um pouco mais de calma e retomar a caminhada pelo túnel. Ele tem fim, a gente sabe. E tudo funciona em ciclos, a gente também sabe.


Mas como diz Quintana, o pior dos problemas da gente é que ninguém tem nada com isso! Então resta caminhar, rezar, respirar... e começar tudo de novo outra vez. Até o fim do túnel, até a volta da calmaria.


18 abril, 2007

As formigas e eu

Deve ser sinal do inverno que vem chegando. Toda noite elas se alinham silenciosamente e num frenesi de folhinhas e muita disciplina vão abastecendo seu formigueiro para os dias mais frios.
Elas passam alinhadas à sarjeta, percorrendo quase o quarteirão inteiro até chegar ao seu destino.
Eu também estou estocando minhas folhinhas pro inverno, mas as minhas vêem branquinhas em formato A4. Também tento não matá-las ao entrar e sair de carro. Tento só seguir o exemplo. Mas acho que eu estou bem mais cansada que elas, que por assumir seu papel de operárias jamias terão formiguinhas-bebê.
Eu sou operária, e sou rainha do meu formigueiro, portanto trabalho em dobro e ignoro a disciplina militar que existe em mim... e nos outros.
Como sábado...
Meu contato com o exército sempre se resumiu ao fato de meu pai ter servido ainda moço, e minha mãe ter adotado a famosa disciplina como regra da casa.
Assim, estando sábado, grávida, em um evento que acontecia dentro da propriedade do exército me vi no dilema que acomete todas as grávidas eventualmente: a síndrome da bexiga curta.
Na minha ingenuidade sem tamanho perguntei pra um soldado que estava próximo se havia algum banheiro que eu pudesse utilizar e ele me indicou o batalhão mais próximo.
Caminhei novamente na direção do batalhão para, na guarita explicar que, primeiro, eu estava grávida, o que a essas alturas, é auto-explicativo, e da possibilidade de usar algum banheiro naquelas facilidades. Vejam bem, eu perguntei da possibilidade, o que sempre deixa aberto a alternativa de um "não" solene.
Mas os gentis e confusos soldados mobilizaram meio batalhão, sargento, etc pra que alguém me levasse até a porta do banheiro, revistasse o banheiro, montasse guarda enquanto eu usava e me escoltasse de volta até a guarita do batalhão.
Já roxa de vergonha mas ainda viva saí de lá com a bexiga mais leve e grata ao Exército Brasileiro pela presteza apesar da esquisitice do pedido!
Sou eu no caminho das formigas!!

13 abril, 2007

Como foi a Páscoa?




Santo Chocolate...
Ainda ganhei essa coelha "grávida" do meu marido, solidária com a minha condição. Não abri pra ver se dentro dela veio algum coelhinho, mas espero que a moça que fez tenha tido essa presença de espírito, senão seria só uma coelha obesa...


Preciso de uma creche urgente pra poder repartir as cáries e calorias!


Não tenho aparecido muito, mas tenho trabalhado de verdade.


A neném chuta todo dia pra lembrar que ela também já quer atenção!


Assim sendo, eu me organizo e volto, nem que seja com menos frequência.
Bom fim-de-semana a todos!!


03 abril, 2007

Digressões em 24 hrs de SP

* Minha mãe vai ficar feliz. Finalmente entrei na moda. Por excesso de opção, é vero.
Depois de passar pelo vexame do botão da calça aberto ainda passei pela fase dos elastiquinhos de banco e blusinhas mais compridas. Finalmente qdo o último botão de baixo já não fechava mais, me rendi e fiz uma rápida incursão à ZePa pra descobrir que a última moda do inverno são roupas de malha e sem cintura. Nada mais conveniente. Passei então de grávida desarrumada pra fashion victim em potencial. E tudo pelo preço que custaria uma única calça de grávida em uma loja de roupas de grávida, que além disso só vende coisas feias. Estoquei para os próximos dois meses.

* Vou ao cinema sozinha numa boa, pq ainda prefiro essa opção a não ir ao cinema de jeito nenhum. E me divirto com os comentários dos outros solitários de plantão. Da última vez o senhor soltou a seguinte pérola para si mesmo depois de um trailler completamente surreal: "até parece...." Quase deu vontade de responder.

* Fiquei tentada a experimetar um mochalatteccino expresso qualquer coisa na recém inaugurada e ainda brilhando de nova Starbucks. Não que qualquer café misturado com leite valha 7 reais, mas só pra matar a saudade do gosto de chafé americano. Mas a fila virando a esquina da loja me tirou o apetite....

* Não tenho desculpas pra não escrever a não ser a falta de assunto e o calor que não me deixa pensar. Digamos que da minha velocidade habitual de 140 km/h eu pareço mais uma velhinha cruzando a rua... a uns 3 m/h. Mas ainda passo por aqui e espero que essa letargia passe logo...

29 março, 2007

Andei sumida pq estava por aqui:


Foto de Donizetti Castilho e façanha de Guido Salvini!

Pra quem quiser ver mais fotos fantásticas da primeira etapa do Brasileiro de Rally Cross Country é só dar uma olhadinha aqui ou no site oficial


Até o fim-de-semana eu me organizo e volto!

16 março, 2007

String of Pearls

Olhando curiosa pela vitrine da joalheria aquele colar um tanto desajeitado de pérolas amassadas, vejo de repente a vendedora que se deslocou até onde eu estava, do lado de fora, para “ter” comigo.
-- Bonito, não é?
-- Bastante, mas não consegui entender ainda essas pérolas.
-- É porque elas são pérolas de água doce – responde a vendedora prestativa.
E eu apreciadora de uma boa conversa à toa:
-- Pois é, eu sei que hoje há plantéis de ostras para a fabricação de ostras. Imaginei que fosse uma variação.
-- Nossa, você entende bastante disso, hein? – disse ela, apesar de ter achado um exagero de elogio pra uma informação tão pequenininha.
-- É que eu tenho uma amiga designer – expliquei.
Não sei qual foi a palavra mágica que foi dita, mas em questão de segundos ela tinha me puxado pra dentro da loja pra ver o colar mais de perto.
O mais perto significou ver o colar no MEU pescoço.
A bagatela? Quase cinco mil reais! Mas podia parcelar em até 12 vezes.
Pausa para uma revisão: nada que eu tenha posse custa algo parecido com isso. Nem a geladeira, nem meu computador, só o carro, mas não é passível de comparação. Não que eu não aprecie o trabalho de joalheria que é pegar uma pedra que saiu da terra, bruta, cascuda, ou mesmo de dentro de uma ostra, eca, e transformar em uma arte linda dessas. Mas andar com uma arte dessa pendurada no meu pescoço eu acho não só sufocante, quanto imoral, levando-se em consideração que nem minha própria casa eu comprei.
Mesmo assim, não perdi a pose. Pior do que não ter dinheiro pra comprar é ter cara de quem não tem dinheiro pra comprar!
E aí vem a segunda pausa. Eu de cara lavada, rabo de cavalo, cabelo molhado de banho, zíper da calça semi-aberto na lateral porque minha barriga de grávida está tomando as devidas proporções que deveria ter, de que maneira ela me viu como cliente em potencial?
Achei que no fundo ela estava entediada, com a loja vazia e resolveu tirar onda comigo.
Mas também não me deixava ir embora.
-- Pede pro seu marido te dar de presente.
-- Tá bom, vou conversar com ele e mais tarde passamos aqui. – na esperança da libertação.
-- Que nada boba. Liga pra ele agora e você já leva.
Oh God.
-- Mas ele está em reunião, com o celular desligado. Além disso, nós estamos montando enxoval pro bebê. Agora não é uma hora boa pra importuná-lo com isso.
Campainha vermelha. Téééé. Frase errada, pois eis que ela volta com um conjunto de pulseira e brincos de ouro puro para a nenê, que iam ficar perfeitos para ela sair da maternidade.
Superman, Supermouse, Mulher Maravilha! Help!
-- Nossa, lindos. - digo eu sem saber as palavras mágicas para sair de lá.
Lembrando que o colar de pérolas ainda está pendurado no meu pescoço, com um detalhe em ouro e um fecho de rubi impossível de abrir. Portanto, eu não posso fugir. Sem mais argumentos tentei me libertar:
-- Olha, faz o seguinte, ele vai me encontrar aqui no shopping mais tarde, então eu converso com ele e volto aqui pra ele ver o colar, tudo bem?
-- Porque você não vai até a reunião com o colar pra ele ver? Eu te empresto pra ir até lá.
What???? Eu passear com um colar de 5 mil que eu nem comprei pela cidade de São Paulo? Nunca nessa ou em qualquer outra vida!
Meia hora de muita lábia e todas as desculpas do mundo consegui finalmente fazê-la tirar o colar que já estava pesando uma tonelada a essas alturas. Consegui sair de lá, mas não sem antes deixar meus dados para que ela mandasse o catálogo com os novos lançamentos.
Eu, sinceramente neste ponto já estava até disposta a entregar meus documentos pessoais, pagar fiança, desde que eu pudesse ir embora.
Contando pro meu marido o ocorrido ouço dele:
-- Se eu pudesse te dar um colar desses...
Hum, imaginei, sabia que ele me daria se pudesse!
Mas ele continuou:
-- Você acha que eu pagaria a prestação?
É... cada um ouve o que merece.

09 março, 2007

Ah, inveja...

E como esquisitice pouca é bobagem, fiquei treinando minha interpretação simultânea... Na Band News em inglês pro Lula e na CNN em português pro Bush.
Saudades da cabininha já que perdi contato desde a mudança pro interior.... sem contar a inveja nada saudável da mocinha que tava fazendo este trabalho na TV.

E, sim, eu estava trabalhando! Mas como eu me recapacitei a fazer 5 coisas ao mesmo tempo...

Pra não dizer que não falei das flores...

Passei a tarde me divertindo hoje da maneira mais esdrúxula imaginável.
Algumas coisas não têm preço, outras, como a conta da TV a cabo nos fornecem uma série de diversões duvidáveis.
Pois passei a tarde com a CNN ligada assitindo às gentilezas de Lula e Bush enquanto os dois juntos (thank you Lord) eram massacrados por repórteres brasileiros e americanos.
Enquanto isso ali na esquina Chávez gritava e esperneava por atenção.
Não gosto da CNN, pessoalmente prefiro a BBC e o Guardian britânicos, mas queria ver como que o povo de fora anda enxergando toda essa conversa de etanol (álcool versão para estrangeiros) e América Latina e Chávez e até onde isso nos compromete, para bem e para mal.
Não sejamos ingênuos. Por trás da bravata do venezuelano existe o quarto maior fornecedor de petróleo dos EUA. Sim, o próprio Chávez e suas reservas nacionalizadas!
Apesar de se odiarem mutuamente, tanto o presidente americano quanto o venezuelano sabem da relação simbiótica dos dois países por causa do Petróleo. E ninguém ali é louco de dar tiro no próprio pé. Por isso uma dose remediadora de diplomacia é sempre importante.
Ainda não entendi direito pq Chávez não só anda cuspindo no prato que come, como tem apontado a garrucha para o próprio pé e mantém o dedo no gatilho. Isso só me faz pensar que é pq ele pode. Pq tem petróleo!
Mas... nós temos álcool e o que me pareceu pelo observado hoje é que Chávez ficou como o menino dono da bola que não foi convidado pra jogar. Por isso, foi ao campinho ao lado fazer arruaça e mostrar por onde rola a bola dele quando ele se sente excluído.
Eu vejo essa discussão do etanol com ressalavas, mas com bons olhos, já que eu odeio viver em um mundo poluído e fadado à destruição. Destruição esta que vem principalmente das emissões de gases e poluentes derivados do petróleo.
Esta conversa sobre etanol é uma ameaça aos produtores de petróleo e por enquanto só engasgou na garganta da Venezuela.
Mas aí eu me pergunto se no futuro nós também não incomodaremos nossos amigos habibs lá das terras do oriente. E que preço pagaremos por oferecer uma alternativa viável, de tecnologia mais do que dominada, para um meio ambiente mais saudável.

08 março, 2007

Hoje e todos os dias...

Eu fiquei encantanda com esta sugestão da minha xará do Mambembe sobre o Dia Internacional das Mulheres.

Demorei dois terços do dia pra refletir de verdade a respeito deste dia.

Neste ano em especial, grávida, estou mais mulher do que nunca.

Se formos olhar pra trás já chegamos muito longe.

Se formos olhar pros lados, somos privilegiadas em um mundo onde muitas ainda vivem aqui no nosso país e em países menos desenvolvidos como se vivia lá atrás. Em alguns lugares pode-se dizer que talvez ainda seja pior. Eu graças a Deus só vivi e vi a violência psicológica, que apesar de degradante é muito menos desumana que a violência física, que nos despe de qualquer dignidade.

Se formos olhar pro futuro, há muito que se caminhar, muitas barreiras a quebrar.

Já não falo mais em igualdade, pois é capcioso se falar em igualdade de desiguais. Que não se entenda por desiguais melhores ou piores. Um homem nunca vai ser mulher, nem vai ter as características que ela domina muito melhor que ele. Do mesmo jeito que uma mulher nunca vai superar homens em características tipicamente masculinas. Estamos falando de regras, e não de exceções. Mulheres tem capacidade de atenção em múltiplas coisas ao mesmo tempo, enquanto homens têm melhor memória espacial. São caracteristicas que se completam, como deveria ser, e por isso cada indivíduo deve ser respeitado assim, com suas particularidades.

Hoje acho errado pensar ou falar em superioridade masculina ou feminina. Nem um nem outro nos dá o que a gente mais precisa, que é a cooperação e entendimento mútuo, e não a supremacia de um ou de outro.

É claro que isso ainda não existe e a gente sabe muito bem em que pé as coisas estão.

Antes eu acreditava que pra ser uma mulher melhor, deveria ser mais dura. Hoje entendo, como Che, que hay que endurecer pero sin perder la ternura jamás.

Fui atrás da minha ternura e me achei não só uma mulher melhor, como um ser humano melhor.

Há muitas coisas a aprender com os homens e eles conosco.

Por isso, em vez de parabéns, prefiro dizer, vivamos e respeitemos as diferenças!

Ah, o Bush!

Tava pensando cá com os meus botões a empáfia desse homem pra mobilizar meio mundo militar e fechar meia cidade de São Paulo só pro homem ir dormir no Hilton. Dormir sim, pq compromisso mesmo só amanhã às dez da manhã.
Então chegou hoje pq?
Por outro lado, ele deve ser a cabeça a prêmio mais desejada no mundo inteiro, então é bom que ele fique bem protegidinho pois:
1- Encontrar de cara com o homem e não querer jogar pelo menos um ovo na cabeça dele seria impossível.
2- Se for pra matá-lo, que seja lá no Iraque. Deus nos livre de ter este pepino nas nossas mãos. Esse carma a gente não merece.
Enquanto isso na Sala de Justiça e saltitando por quatro ou cinco cidades brasileiras está o Presidente alemão belo e faceiro, sem fechar ruas até onde se sabe e nem mobilizar muito mais soldadinhos do que o razoável.
Não podiam ser todos civilizados assim?
Mas, ah, o Bush...

07 março, 2007

It got me thinking

Achei isso daqui entre os arquivos do Mothern e fiquei pensando nisso...

"O mais incrível, nos nascimentos, é a euforia cega com que os pais encobrem o risco e a imponderabilidade do que acabaram de criar, a esperança com que o recebem e que os faz transformar em augúrio promissor a incapacidade de prever o futuro que ali se anuncia e a impotência de todas as medidas de precaução nesse sentido. Se assim não fosse, é bem provável que o ser humano já tivesse desaparecido da face da Terra, pelas mãos de mães zelosas e assassinas."

Bernardo Carvalho - Nove Noites

Acordei umas duas noites essa semana achando tudo tão maior que eu. Sentei no meu banquinho de expectadora (e esperadora) e fiquei vislumbrando as coisas que eu nunca vi antes. As coisas que a gente não pensa, que a gente só vive, pq elas são de uma extensão tão acima da nossa compreensão que pensar não leva realmente a lugar algum. Algumas a gente até discute na teoria, mas a prática, a realidade, o momento de verdade, acho que a gente não prevê nem em sonhos.
Entendeu?
Nem eu.
Só tava pensando...

02 março, 2007

Foi com ele, é comigo

A um passarinho

Para que vieste
Na minha janela
Meter o nariz?
Se foi por um verso
Não sou mais poeta
Ando tão feliz!
Se é para uma prosa
Não sou Anchieta
Nem venho de Assis.
Deixa-te de histórias
Some-te daqui!

(Vinicius de Moraes)

Eu por minha vez espero que este passarinho nunca suma, apesar de bastante decepcionado comigo ultimamente...

26 fevereiro, 2007

...

Sim, o Carnaval acabou. Mas eu não voltei.


Não voltei pq mal cheguei e já fui de novo.


Mas muito resumidamente posso dizer que começamos com muito sol, seguimos com ocorrências policiais não programadas e acabamos com mais sol, céu azul e mar transparente.


Agora devidamente em casa, depois de uma longa ressaca de cerveja sem álcool estou finalmente colocando a vida em ordem.


Vida em ordem = faxina


Fim de temporada = jogar tudo que não presta mais fora ou doar pra quem queira


Saudades da praia = pendurar a saudosa rede vermelha toda rendada no meio da sala e fingir que as férias não acabaram


Como eu já não tenho uma máquina digital pós B.O. de Carnaval não posso documentar, mas quem quiser matar saudade da rede é só dar um pulinho aqui!!

16 fevereiro, 2007

Vai passar nessa avenida...

Eu quero mesmo é molhar meu pé na água salgada, pedir a benção pra todos os meus anjos e santos, dormir na sombra de uma árvore e tomar água de côco vendo o pôr do sol!
Mas, como o cabelo não nega a raça, vou assistir aos desfiles pela televisão!!

Um bom Carnaval pra todo mundo!

14 fevereiro, 2007

Das injustiças e da preguiça de mudar

Ainda tô intalada com dois assuntos que me tiraram o bom humor essa semana: primeiro aquele assassinato estúpido, cruel e desnecessário de uma criança que não tinha nada a ver com isso no RJ. Mas talvez ela tivesse a ver com isso, como todos nós temos. Fiquei pensando numa contradição que sempre me vem à mente quando os representantes do povo dizem que uma hora de comoção não é o momento adequado pra mudar leis. Mas fora do momento de comoção essas injustiças são esquecidas, então, qual a hora boa, por favor? Quanto à diminuição de maioridade penal, a minha opinião é e sempre foi que os jovens de hoje em dia, com raras, rarissimas exceções, não são mais crianças. Segundo, que jovens com 16 anos são habilitados para escolher seus representantes como cidadãos que votam e decidem o futuro político do país, então, se são hábeis pra tomar uma decisão tão importante, pq são crianças na hora de responderem por seus crimes??
Mas mudar dói, mudar é difícil até quando se muda só de cadeira, de lugar, de casa. Mudar requer sair da inércia de ser sempre assim e ser diferente, pra melhor, de preferência!
O que me leva ao segundo assunto da semana, que é o resultado da pesquisa nas escolas brasileiras que mostram que cada vez mais nossos jovens sabem menos. E, sabendo menos, como podemos esperar melhorar o que quer que seja? E como se espera que professores mudem sem incentivos, treinamento, diretrizes coerentes? E como se espera que alunos aprendam sem professores em condições de ensinar, sem escolas em condições de funcionar adequadamente? Sem um planejamento contínuo que não seja refém de mudanças governamentais pra criar um nome novo, bonito pra próxima campanha?
Será que algum dia isso muda? A gente muda?

Do novo e da preguiça de mudar...

Me dobrei à modernidade...
Eu não sou vanguardista nesse quesito, então quando o blogger veio com essa história de nova conta google, patati patatá, eu fui deixando pra lá. Entrava na minha velha contazinha do blogger mesmo e eles lá, fazendo propaganda das mil maravilhas do novo modelo, que nem caixeiro viajante (se é que essa raça ainda existe).
Hoje não teve jeito. Me encostaram num canto e se eu quisesse ver meu blog de novo teria que ceder. Só não entendo direito como é que eu consigo acessar orkut e blogger com uma conta do concorrente hotmail...

06 fevereiro, 2007

Cenas impublicáveis...

Melhor cena da semana, vista só por mim mesma e por um ou outro pardalzinho que rondava a sacada do quarto: consegui fechar a cadeira de praia comigo dentro... Naqueles pulinhos que a gente dá pra cadeira vir um pouco mais pra frente, ela resolveu que não vinha e fechou-se sem maiores explicações, me deixando em uma posição não mais constrangedora por falta de público, mas pelo mesmo motivo, difícil de sair.

Aposentei a ingrata!

04 fevereiro, 2007

Because every cloud has a silver lining

Dizem os anglo-saxônicos que toda coisa ruim tem lá o seu lado bom.
A vida começou, ainda que o carnaval ainda não tenha chegado.
A pós-graduação voltou, e subo a serra semana sim, semana não para me prostrar toda sexta e sábado nas eminentes cadeiras duras da PUC pra ver se fico um pouco mais inteligente. Agora também me vejo às voltas de terminar minha tese antes do bebê nascer, mas já não sei onde estava com a cabeça quando me propus a isso...
Faz um sol de lascar por aqui e a minha pele, não tão branca assim, mas desacostumada a fazer fotossíntese depois de tanta chuva, avermelha só de sair de casa. Então vamos indo em doses homeopáticas.
Na serra não chove em doses homeopáticas, e descer pra casa ontem acabou se tornando uma aventura, no meio de torrentes de água que criavam rios correntes no meio da pista, às vezes até com certa profundidade. Mas na sua versão positiva, a chuva cria espetáculos na natureza, fazendo brotar água da terra em grandes proporções, criando cascatas e cachoeiras onde antes só havia terra e pedra. Nas montanhas enxergam-se de longe as veias brancas de água correndo por todos os lados. Bonito de dar gosto, e vontade de ficar olhando. Mas o buraco é grande e desgrudar os olhos da pista é pouco recomendado. Só umas olhadelas.
Os problemas que não têm solução ainda eu vou deixando se resolverem sozinhos. Os outros a gente corre atrás, ou anda, devagar e com parcimônia, com recomendações médicas.
Não escrevo tanto mais. Mas escrevo ainda.
Não leio tanto mais, mas leio ainda.
Estou por aqui e por ali.
A gente se vê pelas estradas, porque agora eu posso de novo!!

Boa semana a todos!

27 janeiro, 2007

Um olhar de fora de mim - por eu mesma

Vergonha 1:
Bem que eu vi que todo mundo olhava quando eu estava passando....
Pensei que devia ser a blusa amarela que estava chamando muita atenção... Ou os peitos, que andam maiores que a lua cheia. Meio tarde pra descobrir, mas acho que era mesmo o botão aberto da minha calça...
Ando num dilema. O botão da calça ainda fecha, mas me estrangula a barriga... A blusa cobre, mas fica subindo. Aí fui almoçar no shopping toda faceira e abri o botão com a blusa por cima pra não me incomodar enquanto eu comia.... só não lembrei de fechar depois de terminada a não tão farta refeição...

Vergonha 2:
Resolvido o problema técnico da calça, botão, olhares e etc fui assistir Babel, sozinha, grávida. Eu sabia que isso ia acabar mal. Primeiro pq já comecei a chorar no trailler de Dreamgirls... Ainda bem que já estava tudo escuro. Resumo da ópera: o filme é realmente ótimo, merecedor de Oscar e tudo mais. Mas aí depois de duas horas e meia de emoção e um final triste de dar dó (ou o problema sou eu, mesmo) o filme simplesmente acaba. Acaba, termina, end, e eu, com aquela cara inchada, vermelha, nariz escorrendo. Ah, por favor. E aí os insensíveis lanterninhas te encaminham pra um correndor daqueles que te ejeta bem no meio do shopping. E eu, como já disse, vermelha, inchada e agora também louca de vergonha. Com mais vergonha do que no episódio do botão aberto. Cobri a lateral do rosto com meu casaquinho como quem esta, assim, fazendo charme (ou se escondendo da polícia) e me encaminhei ao banheiro mais próximo até que achasse um buraco onde enfiar a cabeça. Como não achei, esperei passar e voltei pra casa, até que eu me torne uma pessoa mais... mais... sem-vergonha, talvez...

23 janeiro, 2007

Do que eu também não entendo

Ando estupefata com a vida e com o mundo.
Pensando bem, acho que nunca usei essa palavra pra me descrever antes. Mas serve.
Cada vez que o Chavez abre a boca meus enjôos aumentam. Meus Deus, 52% da população abaixo da linha da pobreza e ainda deixam esse inconsequente brincar de soldadinho de chumbo?? Do Fidel e do Bush não vou falar. O primeiro está morrendo e o segundo já morreu, politicamente ao menos. Ou melhor, se matou!
E aquele buraco em São Paulo de onde só saiu sangue? Uma vergonha o que os telejornais fizeram. Um abuso incessante de imagens daquela tragédia, que não deve ser esquecida, que deve ser apurada, mas que não deve ser molestada como instrumento de ibope. E neste caso vou ter que defender a Globo, onde ainda se podia ver notícias sobre o Encontro do Mercosul e as crises pelo mundo, enquanto Band e Record debruçaram sobre a tragédia fazendo um sensacionalismo sem precedentes, usando uma hora inteira dos telejornais matinais e repetindo incessantemente a mesma coisa por dias e dias e dias. Perderam a minha audiência por tempo muito maior!
E daqui de onde estou não vejo cometa algum. Talvez ele venha e vá sem que eu possa ao menos colocar os olhos nele, pois a chuva incessante como as notícias ruins dos telejornais não deixa um pedaço de céu azul aparecer há muito tempo.
E aí eu fico aqui repetindo pra mim mesma: isso também vai passar...
Será?

Vou chupar limão, vou dormir mais um pouco, deixar um ovo pra Santa Clara, esperar o Carnaval chegar e levar essa tristeza embora. Ou pelo menos pintá-la de outras cores.

Uma boa semana a todos!

17 janeiro, 2007

Na verdade...











Tenho hormônios demais pelo meu corpo, sinto um sono avassalador e o tempo útil que me resta, me arrasto para o computador ou pra rua pra trabalhar.
Claro, que, também teve o dilúvio que se estendeu de 2006 até uns dez dias de 2007 fazendo buracos abrirem na terra no meio de São Paulo, a cidade aqui usar barquinhos no último findis e também quase me matar de tédio.
Mas agora, castigo acabado, de volta à estrada e um solzinho mais ou menos dando o ar da graça every now and then, não tenho me atido muito a escrever o que quer que seja, de lista de compras ao trabalho de pós graduação, cujo deadline já está ali na esquina.
Mas o que importa é que anda tudo bem, e o prognóstico pro resto do ano é de muita novidade boa pelo caminho.
E o countdown para a praia já começou!!!

Pode parecer falta do que fazer...

Mas é melhor que ler dicionário!!

Resultado: 26 pontos

Eu tenho um excelente vocabulário.


Teste Seu Vocabulário.


Oferecimento: InterNey.Net

10 janeiro, 2007

Ditadura 2007

Só realmente a Daniela Cicarelli pra me tirar do marasmo onde eu me encontrava só pra dizer: essa menina é uma ameba!!!! Ela e o namorado dela.
Correndo o risco de ser processada por difamação, calúnia e toda aquela lenga-lenga penal, façamos algumas considerações:
- Um site inteiro foi tirado do ar no PAÍS INTEIRO por que a menina resolveu transar na praia com o namorado. Repita-se, na praia! Com transeuntes, crianças, famílias e tudo mais que se encontra numa praia.
- O advogado alega que foi violada a privacidade e a intimidade do casal. Hello???? Que privacidade? Eles estavam em uma praia PÚBLICA! Por muito menos os peitos da Catherine Zetha-Jones foram parar na capa da Caras Britânica! Por outro lado, meu Michaelis, que eu julgo mais inteligente que a Cicarelli, me diz que "íntimo" significa "doméstico, familiar". Em outras palavras: EM CASA!!!
- Terceiro, mas não menos importante: o advogado diz que o bloqueio do site no Brasil inteiro NÃO É CENSURA. É cumprimento de ordem judicial. Ah, sim, o AI-5 não era nada mais que um Ato Institucional, plenamente previsto no ordenamento jurídico.
-Quarto e último: o que passou na cabeça deste juiz de conceder uma absurdidade dessas, Dio Santo?

Sinceramente, depois disso não deveria sobrar nem um sapo pra ela beijar. Por outro lado, como eu sinto vergonha pelo mico dos outros, não preciso boicotar nada, pois já não assisto mesmo.

Fica meu manifesto de indignação de como a sacanagem alheia pode cercear os direitos de 180 milhões de habitantes.