Desde semana passada, nós paulistanos vivemos em um cenário de filme da família Adams. Uma neblina e uma chuva sem fim insistem em cair dia sim, noite também e um ensaio de sol até chegou a aparecer no horizonte distante, no que foi imediatamente deposto por nuvens raivosas que cuspiram granizo madrugada adentro, demarcando seu território. Estiagem? Aonde?
Aquele céu de brigadeiro dos dias de inverno que me trazem boas lembranças de quando era duro sair da cama, mas que ao meio dia se podia circular com uma manga fininha, não passam realmente de recordações. As três blusas e duas calças colocadas no período da manhã vão perdurar amalgamadas no corpo até o fim do dia, quando serão substituídas após o banho de 45 °C por um pijama quente e dois cobertores... ou dois pijamas quentes e um cobertor... o que for mais prático. É certo que são sempre três camadas de qualquer coisa acima da pele e três camadas de mau-humor até chegar lá no subconsciente a uma distante alegria de dias quentes e lindos.
Eu não nasci pra morar na Islândia. Minha curta incursão ao intenso inverno europeu provou que dez dias de neve, ou noite, ou frio incessantes sem um solzinho pra chamar de meu são suficientes pra que eu mergulhe numa tristeza danada... Portanto, passadas as últimas duas semanas muito me surpreende que eu ainda não esteja chorando em comerciais de margarina...
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