27 julho, 2009

De pessoas e ilhas

Já faz mais de uma semana, mas a clorofila acumulada no findisemana anterior ainda dá um gás nos pulmões maltratados pelo gás carbônico vomitados em doses nada delicadas pelas idas e vindas de casa pro trabalho e o trajeto oposto quando o sol já virou lua faz um tempo. Uma preguiça sem fim de um inverno que parece querer durar pra sempre.
A filhota descobriu as estrelas, e se estatelou de bumbum no chão diversas vezes enquanto as namorava. Eu também namorei as estrelas, que não via há tanto tempo que tive que me apresentar a elas novamente. Não sei se foi bom ou ruim, porque a sensação de ressaca de ter voltado pra casa ainda não passou... Uma vontade de não voltar. Uma dúvida imensa sobre o que é mesmo que eu estou fazendo aqui...
Deve ser também porque não foi só o gás carbônico que entrou correndo pelas veias no pisar de volta a cidade, mas a maldade que só as crianças são capazes de cometer na sua inocência de falar tudo o que pensam. Mas não era uma criança... e não era de maneira alguma inocentes as palavras que me botaram num silêncio ensurdecedor.
Nem vi que tinha passado a semana inteira quando consegui concatenar minhas idéias novamente com a ajuda de queridos e inestimáveis amigos e uma senhora dose de música boa, nas horas e horas que passaram com meu fone de ouvido, agora moldados às minhas orelhas depois deste período pouco produtivo de exílio forçado.
Dizem que grandes peças e livros foram produzidos no exílio forçado. Talvez estes exílios tenham sido mais meditativos que o meu, pois a cabeça emudeceu junto com a boca, e não consegui colocar duas palavras de minha autoria que fizessem sentido, ainda que tivesse tanto, tanto, tanto pra dizer.
Ainda tenho, mas vem vindo a conta-gotas. Considerando que estamos em plena estiagem no Hemisfério Sul, melhor pingando que secando...

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