07 agosto, 2006

Dizem por aí...

Eu gosto de ditados.
Não de qualquer um, mas daquelas pérolas filosóficas condensadas em pouco mais de meia dúzia de palavras.
Principalmente gosto de achar ditado novos, daqueles lá do interior do sertão ou dos confins da China, mas que servem pra qualquer um aqui, ali e acolá.
O meu favorito de todos os tempos eu ouvi pela primeira vez da boca da minha mãe. Tenho certeza que nem ela lembra mais disso. Ela o atribuiu na época a uma das nonas centenárias, daquelas que brotam às dúzias na minha família:
O céu do sapo é do tamanho da boca do poço!
Além de ser praticamente um trava-língua, requer um minuto de atenção pra decodificar a mensagem e uma imaginação fotográfica (a minha parte favorita) para chegar ao real significado desta frase: você só enxerga aquilo que você consegue ver. E pra bom entendedor, não precisa dizer mais nada!
Outro que entrou recentemente pra categoria de frases geniais vem da simplicidade das terras africanas e foi dito por um angolano em entrevista a um jornal na televisão:
Quando dois elefantes brigam, quem mais sofre é a grama!
Ele usou esta frase pra explicar a guerra que seu país vivera explicando que quando os poderosos medem forças, quem perde mesmo é o pobre desgraçado que não tem parte nisso nem vai ganhar nada no fim da história, a não ser mais pobreza e miséria.
Eu, grama e sapo que sou, estou indo gramar e coachar um pouco mais longe de elefantes e poços pra ver se as coisas caminham diferentes.
Até lá Deus que ajude nós que cedo madrugamos!

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