Eu ia falar de política, recém refeita do episódio “música de 3ª” no camelódromo, mas no meio do caminho tinha uma pedra.
Mais precisamente, no meio do canal entre o rim e a bexiga do meu marido tinha uma pedra. Que fez com que a gente amanhecesse a quarta feira no hospital da Unimed, onde ele tomou cinco drogas diferentes e continuou vomitando de dor. O que nos levou ao médico dele, que ia sair da cidade por quatro dias, mas recomendou internação. O que nos levou a Campinas a 150 km/h no meio do dia, onde oito novas drogas foram aplicadas na veia dele pra finalmente ele parar de sentir dor.
Eu e ele, sós como sempre, em Campinas, acompanhados de uma malinha mixuruca e algumas roupas de emergência e dois carregadores imprescindíveis, para que os celulares nos mantivessem em contato com o mundo.
Próxima fase: esperar o médico! Desde as 2 da tarde “internados”, já passava das 7 e nada do especialista aparecer pra dizer o que ia acontecer. Com a minha cabeça explodindo e sem conseguir contrabandear um paracetamolzinho do hospital parti a procura de uma farmácia. Como eu não sabia onde ficava nada em Campinas, pedi informação e fui andando. Dois quarteirões? Fui a pé.
Nos primeiros dez passos eu vi a rua deserta e resolvi voltar. Mas, ah, a dor... Virei de volta e segui pra farmácia. Chegando no fim do primeiro quarteirão vi umas moças vindo. Ufa! Só que a “moça” vestia bikini com um casaco por cima, e era um tanto moço para uma moça. A outra “moça” vestia calça curta justíssima e bikini. Hummm... tá, mas a dor não passa, então levanto a cabeça e sigo em frente... Tomando o cuidado de deixar a jaqueta bem fechada pra não ter dúvida.
Chego no fim do segundo quarteirão e dou de cara com uma avenida de SEIS pistas!! Cadê a farmácia??? Quem diz que eu VIA alguma farmácia... Todo o comércio fechado! Ando pra um lado, nada. Ando pra outro e nada. Quando eu vejo, estou eu andando de um lado pro outro NA ESQUINA!! Muito inteligente!
Resolvi voltar antes que alguém parasse o carro pra perguntar quanto era. Meio quarteirão de volta e a idéia de passar a noite com dor me faz interpelar na maior cara de pau a próxima moça/moço que vem passando: “tem uma farmácia por aqui?”, “Na próxima ixquina, meu amorr”, “Valeu!”. Corro pra farmácia, mato a dor e agradeço a moça/moço na volta pro hospital.
O médico aparece no quarto 11 da noite, depois de uma síncope minha quando o stress chegou na tampa e (depois de ter pedido a minha mãe, chorado, odiado o momento que eu tive a idéia de jerico de ir pra Campinas) assim fui descobrir que o tal do médico não tinha sido avisado que nós estávamos lá, esperando desde as DUAS HORAS DA TARDE!!
Não precisa nem dizer que hospital em dia de jogo só funciona pra urgências urgetíssimas. Mesmo assim, o médico marcou o procedimento pra retirada da pedra, que consistia em uma peridural e um cateter pelo canal. Não sei se foi o medo, a vontade de ir embora, os 15 medicamentos ou os dois litros de soro, mas meia hora antes do médico chegar a pedra virou pó e saiu que nem água.
Assistimos ao jogo no hospital pra ver se dava mais algum revertério e fomos pra casa.
Não quero brincar de hospital de novo por uns tempos...
Um comentário:
Lindonaaa, rss, ri muito com a histórinha de vcs...tadinho do Lú deve ter sofrido muito..mas foi engraçado...melhoras pro meu meio cunhado!!
Deixei mais um recadinho anônimo ali embaixo, será que vc vai descobrir quem sou eu..hahahahahaha
amo vcs...
te admiro mais a cada dia e torço muito pela felicidade de vcs!!
beijos
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