20 junho, 2006

Mais do mesmo

Então que eu resolvi ir pra Londrina e Cambé ver os meus, ficar perto da família, achar, pra variar, que eu pertenço a algum lugar.
Então que no meio dos revivals e coisa e tal resolvi fazer meu programa de índio favorito: visitar o Camelódromo da cidade.
Pela lexicologia das coisas, se Sambódromo é um lugar onde se tem samba, autódromo um lugar que tem veículos, o camelódromo deveria ser o lugar onde se tem camelos... ops... camelÔs.
E o tal lugar nada mais é do que um Standcenter (o da Paulista) melhorado, com mais variedades. Dois andares de pura cruza de Paraguay com Taiwan.
Nada como uma visita dessas pra me doutrinar em coisas que eu jamais poderia conhecer de outra maneira.
Agora, por exemplo, eu já posso manter uma conversa consistente com qualquer menina de 11 anos, pq eu já sei quem é Rebelde!! Já vi até o show pirateado deles na banquinha do camelô!
O que, aliás, me levou a outro revival: quem sou eu pra atirar pedra no Rebelde dos outros quando o meu telhado é feito de Menudos com o bom e velho “não se reprima” e um Ricky Martin hablando español?
Por outro lado, 5 minutos na frente do monitor com show da Kelly Key e tenho certeza que eu devo ter sofrido um dano neurológico que vai me deixar duas semanas babando verde e cantando a-do-le-tá até eu poder conversar de política novamente...
No fim das contas, não achei o que eu tinha ido procurar (o que eu não conto, pq você e eu sabemos que gente direita não compra, baixa da internet) e saí ilesa de maiores traumas.
Já que o FILO não me qui-lo, fico com tu mesmo, Camelódromo.

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