Foram 6 festas de aniversário de criança, uma em particular da minha filha. 90 convidados, 4 avós vindos de fora da cidade, 26 lembrancinhas que deram "na lata", 98 reuniões (não literalmente, mas foram sentidas como se fossem...), 45 cafézinho (literalmente) e pelo menos 16 estacionamentos particulares em lugares da cidade completamente inviáveis de se estacionar depois da enésima volta procurando um lugar ao sol ou à sombra que seja.
E pra coroar o fim do mês, um BHCG de 806, pra me deixar de queixo caído considerando que fizemos uma única primeira tentativa de fazer um segundo(a) herdeiro.
E isso foi agosto, que ainda nem acabou!
30 agosto, 2010
12 agosto, 2010
3 anos!!
A conversa que se passou entre eu e a tia Syl hoje de manhã:
"Como está a aniversariante?"
"Birrenta...
"Como está a aniversariante?"
"Birrenta...
Eu fiz toda uma coisa romântica de contar pra ela sobre o dia que ela nasceu e ela só queria saber de arrancar as meias e andar descalça.
Como ela não parava de espernear pra não pôr a meia de volta ficou de castigo no quarto bem mais do que o tempo regulamentar...
Agora foi brincar no parquinho, mas não sem antes me deixar pendurada com o 'termômetro' de hashi na axila, cuja temperatura não deve passar de dois hoje novamente...
A maternidade é emocionante..."
05 agosto, 2010
Do que passou
A varanda da casa continua lá, mas agora sem as cadeiras. A casa foi pintada, provavelmente reformada por dentro. Os móveis que os acompanharam por décadas e as duas novas “cadeiras do papai” também se foram. Mas de tudo que não está mais ali o que mais faz falta é a presença dos dois.
Ela, sempre inerte, às vezes esboçando um sorriso, um traço de entendimento no olhar vazio pelos anos da doença.
Ele, sempre falante, sempre presente, sempre me contando histórias de tempos em que lâmpadas elétricas ainda seriam uma revolução na iluminação pública. Tomava todos os vinhos que eu levava e insistia que eu bebesse junto, mesmo quando eu explicava ter que trabalhar logo em seguida.
Da varanda observavam o ir e vir das pessoas no mercado do outro lado da rua. Falávamos da vida, do meu trabalho, de mais um aniversário que ele achava que não viveria pra ver.
Levantava-se da mesa e se despedia dela, a quem passara a chamar de “minha florzinha” nos últimos anos, e ia tirar um cochilo com a preparação dos que esperam não acordar mais.
Ele foi antes dela. Não por vontade própria. Por ele, teria ficado um pouco mais, mas o tempo já se adiantava, e ela insistia em ficar ali, olhando o nada.
Num último gesto de uma parca lucidez, ela pronunciou o nome da primeira neta e também se foi.
Semana passada passei mais uma vez pela velha casa, mas não havia mais nada ali, só a varanda.
Saudades...
28 julho, 2010
Mini Buda
A tia brincava de jogar pedrinhas na beira do rio com as crianças quando resolveu inovar:
"Agora peguem uma pedrinha e façam um desejo, depois joguem a pedrinha no rio."
"Tá bom!"
"Maria Clara, o que você deseja? Fala uma coisa que você quer."
"A pedrinha!"
Porque é mesmo que nós ensinamos a eles sobre a vida e não o contrário?
"Agora peguem uma pedrinha e façam um desejo, depois joguem a pedrinha no rio."
"Tá bom!"
"Maria Clara, o que você deseja? Fala uma coisa que você quer."
"A pedrinha!"
Porque é mesmo que nós ensinamos a eles sobre a vida e não o contrário?
22 julho, 2010
Casa não voa, só avião que voa, né mãe?!
Voei de avião a primeira vez com 16 anos. A família toda morava relativamente próxima e o budget não dava direito a férias na Disney.
Filhota voou a primeira vez com dois meses de vida, quando foi conhecer a casa dos avós e ser apresentada a todos os tios e primos.
No entanto, depois de completar dois anos não tínhamos tido a oportunidade de voar com ela, modos que a volta da casa da vovó teve ares de novidade, e pude viver a experiência toda novamente pelos olhos de uma criança.
No fim das contas acho que ela se decepcionou um pouco, dada a presente referência do desenho acima, sobre o qual ela me interpelou quando víamos as nuvens lá embaixo.
Mas casas não voam filha...
Uma pena...
19 julho, 2010
Enquanto isso...
Felizmente, há os que também nos confortam com as suas palavras:
"Não somos em si. Somos para o outro. Só sabemos quem somos porque alguém nos reconhece. Quando olham para nós, mas não nos enxergam, é destruidor. Este olhar é violento porque nos atravessa. Já o olhar que nos reconhece faz com que nos tornemos melhores do que somos, para estar à altura de quem já nos vê melhores. Quando dizemos a alguém que é importante, que nossa vida é mais viva porque esta pessoa existe, ela também se redescobre pelo nosso olhar amoroso. E estas redescobertas de si mesmo são transformadoras – para quem vê e para quem é visto. Acho que vale a pena identificar quem são as verdadeiras celebridades da nossa vida – aquelas que podem ser anônimas para o mundo inteiro, mas não para nós."
O texto inteiro da Eliane Brum você encontra aqui. Vale cada pixel!!
"Não somos em si. Somos para o outro. Só sabemos quem somos porque alguém nos reconhece. Quando olham para nós, mas não nos enxergam, é destruidor. Este olhar é violento porque nos atravessa. Já o olhar que nos reconhece faz com que nos tornemos melhores do que somos, para estar à altura de quem já nos vê melhores. Quando dizemos a alguém que é importante, que nossa vida é mais viva porque esta pessoa existe, ela também se redescobre pelo nosso olhar amoroso. E estas redescobertas de si mesmo são transformadoras – para quem vê e para quem é visto. Acho que vale a pena identificar quem são as verdadeiras celebridades da nossa vida – aquelas que podem ser anônimas para o mundo inteiro, mas não para nós."
O texto inteiro da Eliane Brum você encontra aqui. Vale cada pixel!!
Procura-se
Já faz um tempo que as palavras perderam o caminho até os dedos e a boca, e os olhos (porque palavras saem por todos esses lugares e tantos outros mais).
Eu achava que era o trabalho, mas então o trabalho mudou e elas não voltaram.
Eu achava que era a filhota que tomava todo o tempo, mas então ela foi de férias pra vovó e ficou só o vazio, e as palavras não voltaram.
Agora não tenho certeza o que é... mas estou procurando...
Preguei cartazes por aí pedindo que elas voltem. Recompensa-se bem a quem tiver notícias delas.
14 julho, 2010
13 julho, 2010
Curtindo a vida adoidado
Seguindo o exemplo do já cinquentão Ferris Bueller, tiramos os primeiros dias de férias da filhota na casa da avó láááá no Paraná para agir como, bem... como posso dizer... como se não existisse amanhã...
Digo isso sem culpa alguma, apesar da saudade louca dela, porque desta vez a agenda era dela e não nossa. Ela que quis e escolheu ir pra casa dos avós passar o que agora ela conhece como "férias", ou "quando a escola fecha pra todo mundo descansar". Nós ficamos aqui, trabalhando, reorganizando a casa e, como dito, living la vida loca.
Foram três noites seguidas de madrugadas adentro, vendo amigos que há tempos não víamos, fazendo refeições inteiras em restaurantes sem precisar se deslocar sequer uma vez, indo ao cinema na última sessão e sair de lá pra comer alguma coisa em qualquer lugar aberto.
O ritual como se pode ver foi basicamente gastronômico, etílico e de sono.
Provavelmente aos vinte e poucos anos isso era tão corriqueiro que passaria batido de uma análise mais detalhada. No entanto, três anos após a mater(pater)ninade bater à nossa porta, isso é digno de ser contado, com um sorriso orgulhoso nos lábios pros amigos que não têm mães que moram longe.
Nós já voltamos à rotina, mas ela ficará na casa dos avós até a próxima semana, também curtindo a vida adoidado, versão "três anos de idade".
Assim espero...
Digo isso sem culpa alguma, apesar da saudade louca dela, porque desta vez a agenda era dela e não nossa. Ela que quis e escolheu ir pra casa dos avós passar o que agora ela conhece como "férias", ou "quando a escola fecha pra todo mundo descansar". Nós ficamos aqui, trabalhando, reorganizando a casa e, como dito, living la vida loca.
Foram três noites seguidas de madrugadas adentro, vendo amigos que há tempos não víamos, fazendo refeições inteiras em restaurantes sem precisar se deslocar sequer uma vez, indo ao cinema na última sessão e sair de lá pra comer alguma coisa em qualquer lugar aberto.
O ritual como se pode ver foi basicamente gastronômico, etílico e de sono.
Provavelmente aos vinte e poucos anos isso era tão corriqueiro que passaria batido de uma análise mais detalhada. No entanto, três anos após a mater(pater)ninade bater à nossa porta, isso é digno de ser contado, com um sorriso orgulhoso nos lábios pros amigos que não têm mães que moram longe.
Nós já voltamos à rotina, mas ela ficará na casa dos avós até a próxima semana, também curtindo a vida adoidado, versão "três anos de idade".
Assim espero...
01 julho, 2010
Tempos Muderrrnos
O diálogo abaixo é verídico e aconteceu na residência desta que vos fala.
O Jogo ia nos 2x0 entre Brasil e Chile quando marido chegou em casa:
"O que que é esse um aqui do lado?? Não tava dois a zero pro Brasil??"
"Está, querido. Este é o tempo de acréscimo que o juiz dá por conta de tempo de bola parada, etc, no primeiro tempo."
" Hummm... mas e se empatar, como é que faz?"
"Vai pra prorrogação, querido. Ainda assim, se continuar empatado vai pros pênaltis."
"Ah, é?"
Juro por tudo que vocês quiserem que eu jure! Mas não se enganem, não. Ontem o mesmo moço foi dormir 2:30 da manhã porque perdeu a hora consertando o Jipe... ou a moto, ou a oficina... Enquanto um jogo dura dois tempos de 45, uma trilha começa de manhã e termina quando acabar o combustível... do veículo ou do piloto, é claro.
No fim, só muda a paixão!
O Jogo ia nos 2x0 entre Brasil e Chile quando marido chegou em casa:
"O que que é esse um aqui do lado?? Não tava dois a zero pro Brasil??"
"Está, querido. Este é o tempo de acréscimo que o juiz dá por conta de tempo de bola parada, etc, no primeiro tempo."
" Hummm... mas e se empatar, como é que faz?"
"Vai pra prorrogação, querido. Ainda assim, se continuar empatado vai pros pênaltis."
"Ah, é?"
Juro por tudo que vocês quiserem que eu jure! Mas não se enganem, não. Ontem o mesmo moço foi dormir 2:30 da manhã porque perdeu a hora consertando o Jipe... ou a moto, ou a oficina... Enquanto um jogo dura dois tempos de 45, uma trilha começa de manhã e termina quando acabar o combustível... do veículo ou do piloto, é claro.
No fim, só muda a paixão!
25 junho, 2010
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