"Então q a Dra. me liga hj as 4 da tarde (e eu em pé no meio da loja de sapatos do lado de casa) e me pergunta a queima-roupa: e aí, vamos induzir AMANHÃ??
Hein??? Amanhã não dá...
Já marquei USG de manhã, vou no seu consultório a tarde... que tal segunda??
(Cagaço profundo!!)
Aí me vi quase uma praticante de cesárea eletiva... "então, amanhã não dá pq minha mãe chega de viagem, e minha cunhada tá aqui e meu marido vai no show do U2 no sábado. Aí eu pinto os cabelos no sábado e segunda tô lindinha pra induzir o parto normal...
O horror, o horror, mas enfim... ele tem 3 dias pra querer sair.
Rezemos que ele queira!!!!!"
Sexta, 8 de abril, 7:00. 38 semanas completas neste dia. Me aparece uma criança linda e saudável de 3,320 kg e 49 cm no USG.
Sexta, 8 de abril, 14:00. Chego no consultório com 4 cm de dilatação mas praticamente sem contração. A Dra. pede pra eu escolher entre ir pro hospital no mesmo dia ou no máximo na manhã seguinte. Segunda feira não é uma opção...
Atravessei a rua pra conseguir um pouco de silêncio e fui pensar no meio do Ibirapuera. Queria que pelo menos ele desse um sinalzinho de que tava pronto pra nascer. No entanto, como só eu falo de nós dois, decidi ir pro hospital na manhã seguinte.
Não sei se foi a dor de barriga ou a opinião formada desde o útero do ariano a nascer, mas as contrações começaram quase imediatamente após a saída do consultório.
Já tinha tido um parto na madrugada e, podendo escolher, achei melhor chegar em casa, tomar banho, arrumar tudo, deixar filhota com a minha mãe e ir pro hospital descansada de manhã porque o depois eu já conhecia desta vez....
Sábado, 9 de abril, 7:30. Cheguei no hospital com 5 cm e contrações documentáveis no cardiotoco. Feliz da vida que estávamos eu e ele prontos pro parto (é bem possível que ele estivesse mais pronto que eu antes disso...). Às 9:30 entramos na sala de parto pra começar o protocolo de penicilina necessário, que seguramente doeu bem mais que o parto. Desta vez, diferente da primeira, a sala, a cadeira e os arredores eram apropriados pro parto. Porém, com a próxima dose de penicilina a 4 hrs de distância a coisa teria que andar a passos lentos... o que obviamente não aconteceu! Assim, a bola de Pilates foi substituída pela banheira de água quente e lá eu fiquei imersa pra tentar segurar o impossível. Dose de antibiótico adiantada em meia hora, 9 cm de dilatação e eu me perguntando o que acontece quando você chega no 10 com a bolsa intacta... hummm???
Lá fomos nós novamente rompera bolsa e conter o aguaceiro que desceu, o que descobrimos ajudou-o, apesar de todas os alarmes, a chegar a termo.
Se tem uma coisa minha a respeito de medicamentos é que eu preciso sentir dor e incômodo para querer tomá-los. Assim, lá pela terceira contração a seco eu já estava suando bicas e pedindo "porfavoralguémacheaanestesistaondequerqueelaesteja!!!", o que ainda demorou mais umas 5 contraçoes pra dar a rack e me fez ensopar o avental e agradecer imensamente pelas benesses da medicina.
Anestesia funcionando, e sentindo tudo do parto, inclusive as contrações, com exceção da dor, e dez empurradas depois saiu o Henrique, com a mão na frente e pronto pra estrear no mundo cheio de notas boas e o carinho da família toda que o esperava do lado de fora!
Agora, já em casa e com 12 dias de vida, a mãe tenta tomar pé da rotina com duas crianças e tentará atualizar os próximos posts em breve, e na medida do permitido...
Um comentário:
Madrinha emocionada
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