São João respira história por todos os lados. É uma cidade anciã, erguida nos primórdios da exploração das bandas do leste a caminho de Minas, quando o gado seguia rumo norte pra matar a fome dos caçadores de ouro.
Não é grande nem pequena, é simplesmente do tamanho certo para quem aqui chegou querendo nela construir sua vida. É altiva em suas origens e se gaba de seus “crepúsculos maravilhosos”, de cores infinitas e arco-íris que pipocam no céu a cada fim de chuva de verão.
De lá pra cá muitos casarões foram abaixo para dar lugar à dita “modernidade”, enterrando um naco bom de história junto com seus destroços.
Ficaram as colinas da Mantiqueira, testemunha quase silenciosa de todo este crescimento. Muitos tons dentro do mesmo verde, ameaçados pelos canaviais que comem sem piedade os espaços que antes comportavam fazendas cafeeiras, com suas casas grandes e senzalas. Aqui não há sítios ou fazendas, há a “roça”, qualquer tamanho que seja.
Os tantos córregos e rios que irrigam toda a cidade como veias insistem em vazar nas baixadas durante as chuvas de verão, tomando ruas e residências, deixando muita gente sem conseguir voltar pra casa nos fins de tarde.
Há prédios salpicados aqui e ali, ainda perdidos num mar de casas grandes e espaçosas, que vão tomando o pé da serra no afã da expansão.
É danada de orgulho dos cidadãos que aqui nasceram. Pagu saiu daqui pra revolucionar o país com suas idéias. Também saíram daqui Guiomar Novaes e Badi Assad, entre outras figuras da cultura popular brasileira.
Pelo balcão do teatro Municipal, uma reprodução do prédio original lá na capital, já passaram grandes nomes. É de uma beleza gloriosa, carregando em cada tábua, em cada assento e balcão a cultura de um povo todo, que se apressa em apresentar ali, principalmente, os frutos de sua própria terra.
Não é grande nem pequena, é simplesmente do tamanho certo para quem aqui chegou querendo nela construir sua vida. É altiva em suas origens e se gaba de seus “crepúsculos maravilhosos”, de cores infinitas e arco-íris que pipocam no céu a cada fim de chuva de verão.
De lá pra cá muitos casarões foram abaixo para dar lugar à dita “modernidade”, enterrando um naco bom de história junto com seus destroços.
Ficaram as colinas da Mantiqueira, testemunha quase silenciosa de todo este crescimento. Muitos tons dentro do mesmo verde, ameaçados pelos canaviais que comem sem piedade os espaços que antes comportavam fazendas cafeeiras, com suas casas grandes e senzalas. Aqui não há sítios ou fazendas, há a “roça”, qualquer tamanho que seja.
Os tantos córregos e rios que irrigam toda a cidade como veias insistem em vazar nas baixadas durante as chuvas de verão, tomando ruas e residências, deixando muita gente sem conseguir voltar pra casa nos fins de tarde.
Há prédios salpicados aqui e ali, ainda perdidos num mar de casas grandes e espaçosas, que vão tomando o pé da serra no afã da expansão.
É danada de orgulho dos cidadãos que aqui nasceram. Pagu saiu daqui pra revolucionar o país com suas idéias. Também saíram daqui Guiomar Novaes e Badi Assad, entre outras figuras da cultura popular brasileira.
Pelo balcão do teatro Municipal, uma reprodução do prédio original lá na capital, já passaram grandes nomes. É de uma beleza gloriosa, carregando em cada tábua, em cada assento e balcão a cultura de um povo todo, que se apressa em apresentar ali, principalmente, os frutos de sua própria terra.
É uma terra de contradições... Há Audis e Mercedes, e há cavalos amarrados ao poste em frente ao bar, onde os caboclos vão ter sua prosa. Ali na esquina ouve-se a viola afinada no salão do barbeiro a tocar modinhas que todos acompanham. Dizem que o sujeito também canta, e até gravou um cd por esses tempos. É curiosa essa modernidade. Até uns anos atrás, o estacionamento do supermercado estampava um cartaz que dizia que “para chamar o elevador, aperte o botão”, enquanto as loções da Vitoria Secret estampavam as vitrines das lojas da avenida.
Das janelas das casas sente-se o cheiro do pão-de-queijo fresquinho com café passado agora, influências do passado ainda conservadas.
No mercadinho e na quitanda as contas vão amontoando-se para pagar no fim do mês, enquanto as roupas da butique podem ser levadas pra casa pra experimentar na frente do seu próprio espelho.
E entre uma particularidade e outra este povo hospitaleiro vai escrevendo sua história, até as próximas fogueiras de São João, quando a cidade se junta novamente pra festejar o Santo que zela, lá de cima dos balões e das nuvens, esta terra abençoada.
Um comentário:
Foi emocionante a leitura de um relato sobre a minha cidade do coração...
Amo você e estou sentindo muita saudade...
Beijo da sua amiga de sempre... e que sempre vai estar por perto.
Maira.
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