11 janeiro, 2006

Eu não assisto mais jornal

Eu não assisto mais jornal. Não nos últimos dias, não nos últimos meses.
Não assisto porque sou uma pessoa muito curiosa e, felizmente, desisti de ser jornalista, senão já tinha levado uma bala pelos becos de uma favela da vida.
Não sou desinformada por causa disso. Faço meu escrutínio diário pela internet escolhendo o que eu “agüento” saber este dia.
É que cada vez que eu vejo um general morto, ou um Sharon em coma, enquanto colonos judeus destroem as oliveiras dos palestinos, uma família de porquês invade a minha cabeça e não me deixam em paz por dias e dias, pensando teorias, procurando respostas, levantando opções.
Por que o Brasil foi se meter lá no Haiti? Pra conseguir um assento na ONU? Grande porcaria! Caetano já dizia que o Haiti é aqui. Se o general não foi assassinado, então se matou de desgosto, mesmo.
E o Sharon, então? Isso era hora? E a gente que sempre achou ruim com ele, fomos descobrir depois que o homem tava lá parado que nem estátua que é pior sem ele...
Vamos voltar mais pra trás. Por que judeus, muçulmanos e cristãos insistem em brigar por um pedaço de terra onde só dá azeitona, e depois brigam até pelas azeitonas??
E daí que Jesus, Maomé e Moisés estiveram por lá?! Os ensinamentos a gente carrega dentro da gente e não em um pedaço de terra.
É por aí. É tortura mental, eu não agüento esse monte de perguntas o dia inteiro na minha cabeça, eu fico com raiva desse povo burro e quero que eles se explodam.
Não vamos nem falar dos americanos, então. Melhor não mexer com quem anda quieto.
A verdade é que existe muito mais verdade por trás disso, verdades muito mais sujas e muito mais feias. Verdades que eu não quero saber se eu não posso resolver, porque acabam com a minha fé no mundo!
Por isso, não assisto mais jornal!

Um comentário:

Anônimo disse...

Oi, Carol. Ainda não consegui alcançar esse desprendimento, confesso que leio o jornal todo dia, e assisto aos da TV também. Mas tenho tenho sido muito seletivo em relação a esses assuntos que já deram o que tinham que dar; como você, não agüento mais tanta pergunta na cabeça.
Beijo, obrigado pela visita!