Drummond falou e eu assino embaixo!
Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz, Ano Novo
sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano não apenas pintado de novo,
remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanhe ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
Não precisa fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumidas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados,
começando pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro,
tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo,
eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.
Por isso, que todos nós possamos acordar domingo cheios de 2006 prontinho pra sair e ser feliz, esperançoso, com muita saúde e paz! Um bom fim-de-ano, e até 2006!!
28 dezembro, 2005
23 dezembro, 2005
And so this is Christmas...
E porque é Natal ficam aqui alguns pensamentos pra quem ainda não entrou no espírito…
Um filme de Natal: Simplesmente Amor! Aquele com o Santoro na Inglaterra fazendo papel de alemão(??). Se você não entrar no espírito do natal com esse filme, melhor mudar pro Alaska de vez.
Uma música: Coral de crianças do HSBC em Curitiba. Tão bonito quanto parece. Mas se não der pra ir, esquece. O CD não é a mesma coisa... Melhor comprar um Frank Sinatra especial de Natal, então...
Uma lembrança boa: Casa da minha avó, dia 24 à tarde, todo santo ano. Um calor do cão, e um caos organizado de leitoa, peru galinha, a fauna e a flora administradas com maestria por ela e pelas excelentes cozinheiras da família, de quem eu não herdei os bons genes da cozinha...
Uma história de Natal: essa é de chorar, mas é de tanto rir... A saga do perupatolinha , uma empreitada culinária que merece um lugar no pódio das crônicas mais engraçadas que eu já li na vida!
E pra todos que aqui passarem, meu sincero FELICÍSSIMO NATAL!!
19 dezembro, 2005
Andei pensando, pensando, numa alegria meio triste. De coisas corridas, de coisas passadas sem tempo de ser absorvidas. Uma ressaca de consciência que pensou demais e agora não consegue nem escrever...
Também de uma tristeza alegre que vem sempre nessa época. Época de reflexões, época de novos começos e novos rumos.
Tempo de entender melhor a si mesmo e os outros. Alguns tão juntos, outros tão sozinhos, mesmo que tão acompanhados.
Uma melancolia de saber que tanta gente espera um ano inteiro pra fazer algumas boas ações, pra dizer alguns “eu te amos” tão guardados...
De não se ter tempo pra fazer o que se gosta... De estar com quem se gosta...
Com tudo isso, acabei resgatando uma lição que há muito tempo não lia... Um trecho de Cartas a um jovem poeta, de Rainer Maria Rilke... Uma carta que não foi escrita pra mim, mas mexeu com a minha vida e determinou essas linhas que hoje eu escrevo. Uma carta que, substituindo-se a palavra escrever, servirá como norte para todos estes momentos de conflitos da vida...
“Pois bem - usando da licença que me deu de aconselhá-lo - peço-lhe que deixe tudo isso. O senhor está olhando para fora, e é justamente o que menos deveria fazer neste momento. Ninguém o pode aconselhar ou ajudar, - ninguém. Não há senão um caminho. Procure entrar em si mesmo. Investigue o motivo que o manda escrever; examine se estende suas raízes pelos recantos mais profundos de sua alma; confesse a si mesmo: morreria, se lhe fosse vedado escrever? Isto acima de tudo: pergunte a si mesmo na hora mais tranqüila de sua noite: Sou mesmo forçado a escrever? Escave dentro de si uma resposta profunda. Se for afirmativa, se puder contestar àquela pergunta severa por um forte e simples sou, então construa a sua vida de acordo com esta necessidade. Sua vida, até em sua hora mais indiferente e anódina, deverá tornar-se o sinal e o testemunho de tal pressão. Aproxime-se então da natureza. Depois procure, como se fosse o primeiro homem, dizer o que vê, vive, ama e perde.
Também, meu prezado senhor, não lhe posso dar outro conselho fora deste: entrar em si e examinar as profundidades de onde jorra a sua vida; na fonte desta é que encontrará a resposta (...).
Nada poderia perturbar mais do que olhar para fora e aguardar de fora respostas a perguntas que talvez somente seu sentimento mais íntimo possa responder na hora mais silenciosa.”
Licença que eu tô indo pensar...
Também de uma tristeza alegre que vem sempre nessa época. Época de reflexões, época de novos começos e novos rumos.
Tempo de entender melhor a si mesmo e os outros. Alguns tão juntos, outros tão sozinhos, mesmo que tão acompanhados.
Uma melancolia de saber que tanta gente espera um ano inteiro pra fazer algumas boas ações, pra dizer alguns “eu te amos” tão guardados...
De não se ter tempo pra fazer o que se gosta... De estar com quem se gosta...
Com tudo isso, acabei resgatando uma lição que há muito tempo não lia... Um trecho de Cartas a um jovem poeta, de Rainer Maria Rilke... Uma carta que não foi escrita pra mim, mas mexeu com a minha vida e determinou essas linhas que hoje eu escrevo. Uma carta que, substituindo-se a palavra escrever, servirá como norte para todos estes momentos de conflitos da vida...
“Pois bem - usando da licença que me deu de aconselhá-lo - peço-lhe que deixe tudo isso. O senhor está olhando para fora, e é justamente o que menos deveria fazer neste momento. Ninguém o pode aconselhar ou ajudar, - ninguém. Não há senão um caminho. Procure entrar em si mesmo. Investigue o motivo que o manda escrever; examine se estende suas raízes pelos recantos mais profundos de sua alma; confesse a si mesmo: morreria, se lhe fosse vedado escrever? Isto acima de tudo: pergunte a si mesmo na hora mais tranqüila de sua noite: Sou mesmo forçado a escrever? Escave dentro de si uma resposta profunda. Se for afirmativa, se puder contestar àquela pergunta severa por um forte e simples sou, então construa a sua vida de acordo com esta necessidade. Sua vida, até em sua hora mais indiferente e anódina, deverá tornar-se o sinal e o testemunho de tal pressão. Aproxime-se então da natureza. Depois procure, como se fosse o primeiro homem, dizer o que vê, vive, ama e perde.
Também, meu prezado senhor, não lhe posso dar outro conselho fora deste: entrar em si e examinar as profundidades de onde jorra a sua vida; na fonte desta é que encontrará a resposta (...).
Nada poderia perturbar mais do que olhar para fora e aguardar de fora respostas a perguntas que talvez somente seu sentimento mais íntimo possa responder na hora mais silenciosa.”
Licença que eu tô indo pensar...
16 dezembro, 2005
Começa amanhã oficialmente o período de festas de fim de ano que só acaba agora no dia 2 de janeiro (apesar dos últimos dois dias já terem sido uma boa prévia).
No momento não podemos atender, deixe seu recado e postarei novamente assim que possível!
Bom, ótimo, excelente fim-de-semana a todos!!
Juro que tenho histórias pra postar, mas o computador pifou com os arquivos dentro...
Também saiu crônica no jornal, mas eu não consigo achar o link...
Tô bem arranjada!
10 dezembro, 2005
Voltei, mas não atualizei o Café por pura falta de tempo.
A árvore de Natal continua na caixa! Que vergonha...
Contagem regressiva para a trilogia Aniversário-Natal-Ano Novo: 1 semana!
E eu me tornando uma pessoa (vide horário de postagem) cada vez mais matutina... Daqui a pouco a gente vai estar que nem aquele casalzinho do "Feitiço de Áquila"...
Mesmo assim, há coisas pra compartinhar...
Para as minhas amigas que eu revi, matei saudades, e que entendem muuuito bem esse poema:
Que mulher nunca teve
Um sutiã meio furado,
Um primo meio tarado,
Ou um amigo meio viado?
Que mulher nunca tomou
Um fora de querer sumir,
Um porre de cair
Ou um lexotan para dormir?
Que mulher nunca sonhou
Com a sogra morta, estendida,
Em ser muito feliz na vida
Ou com uma lipo na barriga?
Que mulher nunca pensou
Em dar fim numa panela,
Jogar os filhos pela janela
Ou que a culpa era toda dela?
Que mulher nunca penou
Para ter a perna depilada,
Para aturar uma empregada
Ou para trabalhar menstruada?
Que mulher nunca comeu
Uma caixa de Bis, por ansiedade,
Uma alface, no almoço, por vaidade
Ou, um canalha por saudade?
Que mulher nunca apertou
O pé no sapato para caber,
a barriga para emagrecer
Ou um ursinho para não enlouquecer?
Que mulher nunca jurou
Que não estava ao telefone,
Que não pensa em silicone
Ou que "dele" não lembra nem o nome?
Bom fim-de-semana!!
A árvore de Natal continua na caixa! Que vergonha...
Contagem regressiva para a trilogia Aniversário-Natal-Ano Novo: 1 semana!
E eu me tornando uma pessoa (vide horário de postagem) cada vez mais matutina... Daqui a pouco a gente vai estar que nem aquele casalzinho do "Feitiço de Áquila"...
Mesmo assim, há coisas pra compartinhar...
Para as minhas amigas que eu revi, matei saudades, e que entendem muuuito bem esse poema:
Que mulher nunca teve
Um sutiã meio furado,
Um primo meio tarado,
Ou um amigo meio viado?
Que mulher nunca tomou
Um fora de querer sumir,
Um porre de cair
Ou um lexotan para dormir?
Que mulher nunca sonhou
Com a sogra morta, estendida,
Em ser muito feliz na vida
Ou com uma lipo na barriga?
Que mulher nunca pensou
Em dar fim numa panela,
Jogar os filhos pela janela
Ou que a culpa era toda dela?
Que mulher nunca penou
Para ter a perna depilada,
Para aturar uma empregada
Ou para trabalhar menstruada?
Que mulher nunca comeu
Uma caixa de Bis, por ansiedade,
Uma alface, no almoço, por vaidade
Ou, um canalha por saudade?
Que mulher nunca apertou
O pé no sapato para caber,
a barriga para emagrecer
Ou um ursinho para não enlouquecer?
Que mulher nunca jurou
Que não estava ao telefone,
Que não pensa em silicone
Ou que "dele" não lembra nem o nome?
Bom fim-de-semana!!
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