30 julho, 2007

Pan e Circo

Acabado o Pan, ficamos somente com o circo.

Medalha de ouro pra Renan Calheiros como melhor palhaço do picadeiro!

25 julho, 2007

Patriotismo Tupiniquim, parte II

Agora, na hora de ser brasileiro, com muito orgulho e muito patati patatá, como diz a música, ninguém se mobiliza pra parar aquele aeroporto infernal em SP.
Aí o Jornal mostra na TV aquele monte de gente revoltada, chorando que o avião foi cancelado.
Tava fazendo o que lá?
Não ficou em casa, adiou a viagem, trocou de aeroporto, pegou um ônibus por que???
Ah... mas é inadiável. Pra mim, inadiável é não ter incômodo.
Foi necessário que as companhias aéreas boicotassem o aeroporto, porque o povo tá lá, firme e e forte. Cada um olhando o próprio umbigo e batendo em comissárias de bordo que a essas alturas da crise merecem um bom adicional de insalubridade... e insanidade pública!

Patriotismo Tupiniquim, parte I

Não sei se me trinco de vergonha ou desligo a televisão quando vejo os competidores do Pan de outros países serem vaiados simplesmente por vestirem outras camisas que não as nossas.
Para o torcedor brasileiro que se encontra nos estádios e ginásios do Pan, a meu ver, não importa o esforço empregado para ostentar a medalha de ouro, nem a performance e nem o tanto que aquela pessoa merece estar ali. Não é brasileiro, a gente vaia!
Novamente, que vergonha!
Meus pais nunca me ensinaram a vaiar em competição alguma. Meu pai sempre me levava pra ver o Sul Americano de handbol que era sediado na minha cidade, mas sempre ficou claro na minha cabeça que ganhava quem tinha jogado melhor. Torcer, gritar, sim, fazer figas pro outro não acertar, vá lá, mas vaiar assim...
Eu só posso crer por essa demonstração completamente anti-esportiva que brasileiro não sabe o que é ganhar por mérito.
Os nossos merecem ganhar. Pq? Por que são brasleiros, oras. Tão somente isso. Se precisar a gente dá um jeitinho, conversa com o árbitro, "ô seu árbitro, quebra um galho vai, faiz u povu feliz, o Pan tá no Brasil..."
É por essa e por outras que, apesar da minha conhecida antipatia com a arrogância americana, aplaudi o resultado do basquete ontem. As americanas mereceram vencer com cestas de 3 pontos fantásticas, enquanto as brasileiras não acertavam uma dentro nos últimos minutos de jogo. Merecem ganhar só pq a Janeth tá saindo? Uma pena, mas não. Qual seria a lógica disso?
Enquanto este for o entendimento da torcida, acho que quem merece uma boa vaia é a gente!

Macaquices

A melhor do macaco Simão ontem na Folha de São Paulo:
"Quem tem um Minisro da Defesa desses não precisa de guerra!"
E não é que parece que o homem se demitiu...

22 julho, 2007

E as consequências...

Eis que me mudei de vez pra minha cama. Cama que não via há mais de um mês!

Mudar de 200 km/h pra 5 km/h em menos de 24 hrs tem lá suas consequências, entre elas uma dor de cabeça fenomenal.

Mas finalmente estou conseguindo assitir a TODAS as provas do Pan, todos os filmes, séries, seriados, livros, o Asterix que compramos e ainda não lemos, etc, etc.

O laptop está instalado e operante.

Meu marido/mordomo/father to be traz todas as refeições já que eu não posso descer as escadas e eu já não tenho mais como agredecer, a não ser pensar que todas aquelas internações por pedra no rim estão sendo devidamente descontadas...

Apressadinha...


Maria Clara quis pq quis nascer na sexta feira.
Quando percebi as contrações já estavam espaçadas de 8 em 8 minutos.
Batemos um papo camarada com ela e explicamos que 35 semanas e meia não é idade de gente grande, pra ela ter um pouquinho mais de paciência.
Como argumentos ficaram 3 medicações diferentes e cama pelos próximos dez dias.
Mas se por acaso eu andar sumida, é pq ela não nos deu ouvidos!

09 julho, 2007

Por onde andei...

Os casais de judeus ortodoxos descem alinhados a caminho da sinagoga no sábado de manhã e eu espero o carro chegar pra colocar meia vida no porta malas de volta pra casa.
É só um feriado.
A outra metade vai ficar pra quando efetivamente voltarmos. Minhas roupas vão comigo, afinal, não há muito que me sirva mais.
Foram duas semanas corridas, essas últimas. Engoli São Paulo em uma única garfada: Pinacoteca, Museu da Língua Portuguesa, Livraria Cultura (a nova), OSESP na Sala São Paulo, e as inevitáveis ZePa e 25... mais almoços, jantas, amigos de longa data a muito não vistos.
Maria Clara foi junto, já que não resta outra escolha até que ela e eu sejamos duas pessoas.
E teve o trabalho. Abençoado trabalho.
A tradução no alto da torre, sob acordo de sigilo profissional, olhando a cidade toda de cima e achando que não ia dar tempo, não ia acabar nunca, enquanto os carros passavam empilhando-se pra escapar para não tão longo mas muito bem vindo feriado.
Voltei pra casa pra ver um burro pastando na esquina.
Ah, as peculiaridades dos meus mundos...

24 junho, 2007

Pra dizer adeus


Foi-se embora, no meio de uma tarde de sol do dia de São João, meu avô.

Foi descansar dos seus 95 anos de vida cheios de histórias pra contar.

Que o senhor vá em paz e vá com Deus.

Nós ficaremos com as histórias e as lembranças!

Até a próxima!

20 junho, 2007

Nota

Eu falei que eu devia ter ido ver o Paulo Autran no Teatro com O Avarento antes que ele começasse a pifar.
Pois não deu outra, e agora que eu tô de mala e cuia em sp, o homem tá no hospital.
Volta Paulo!!!!

15 junho, 2007

Pq hoje é sexta

Descendo as escadas de casa pra tomar café hoje de manhã vi pela janela um jegue cruzando a rua. Ia sozinho, pacato, lá pelas oito da manhã, como quem não tem pressa pra picar cartão ou começar a jornanda do dia.
Ou seria um burro? Ou mesmo um jumento?
Não sei bem a diferença técnica entre eles, mas a dois dias da temporada na cidade grande tenho certeza que vou sentir falta desses detalhes tão pitorescos que os locais talvez nem dêem bola.
Entre uma temporada de trabalho e outra de gripe fui forçada a parar uns cinco minutos pra colocar a vida em perspectiva, e, na verdade, conclui coisa alguma até agora.
A barriga cada vez maior me faz mais prática que filosófica, portanto, preciso terminar o trabalho, fazer backup do computador, descongelar a geladeira, fazer as malas da nenê, caso ela resolva nascer em São Paulo, e, depois de descer a serra amanhã de volta da pós graduação, quem sabe relaxar um pouquinho...

05 junho, 2007

30 maio, 2007

Os doze trabalhos...


1- Pegar um avião em Campinas, fazer escala em Guarulhos (?!) e aguentar uma hora de turbulência sem serviço de bordo até chegar em Londrina.

2- Ajuizar 1.001 ações (figure of speech) em vários lugares diferentes, distribuindo uma carriola de papel (pobres árvores) antes do fim do dia.

3- Levar chamada do cartorário sem noção na frente dos outros advogados.

4- Chamar a tropa de choque pra interceder pro cartorário não botar meia viagem a perder.

5- Atender mais uma dúzia de latecommers que você avisou em novembro que o prazo vencia em maio.

6- Visitar toda a família que quer ver a barriga imponente no alto dos seus seis meses.

7- Fazer tudo isso com um saltinho fino, mas muito elegante, sem o qual ninguém te leva a sério como profissional (deve ser essa a verdadeira teoria da aparência).

8- Fazer tudo isso com os únicos 6° C que deram o ar da graça naqueles dias.

9- Voltar pra casa com check in às5 horas da manhã.

10- Trabalhar em São Paulo e interior nos próximos dias e se perder 5 vezes indo e voltando da zona Leste.

11- Fazer a bateria de exames pré natais no meio de tudo isso, incluindo glicose, hemograma e umas tantas picadas pra tirar sangue.

12- Voltar pra casa depois de dez dias e saber que o seu concurso não foi adiado, então vc vai ter que viajar de novo em 3 dias.