24 junho, 2007

Pra dizer adeus


Foi-se embora, no meio de uma tarde de sol do dia de São João, meu avô.

Foi descansar dos seus 95 anos de vida cheios de histórias pra contar.

Que o senhor vá em paz e vá com Deus.

Nós ficaremos com as histórias e as lembranças!

Até a próxima!

20 junho, 2007

Nota

Eu falei que eu devia ter ido ver o Paulo Autran no Teatro com O Avarento antes que ele começasse a pifar.
Pois não deu outra, e agora que eu tô de mala e cuia em sp, o homem tá no hospital.
Volta Paulo!!!!

15 junho, 2007

Pq hoje é sexta

Descendo as escadas de casa pra tomar café hoje de manhã vi pela janela um jegue cruzando a rua. Ia sozinho, pacato, lá pelas oito da manhã, como quem não tem pressa pra picar cartão ou começar a jornanda do dia.
Ou seria um burro? Ou mesmo um jumento?
Não sei bem a diferença técnica entre eles, mas a dois dias da temporada na cidade grande tenho certeza que vou sentir falta desses detalhes tão pitorescos que os locais talvez nem dêem bola.
Entre uma temporada de trabalho e outra de gripe fui forçada a parar uns cinco minutos pra colocar a vida em perspectiva, e, na verdade, conclui coisa alguma até agora.
A barriga cada vez maior me faz mais prática que filosófica, portanto, preciso terminar o trabalho, fazer backup do computador, descongelar a geladeira, fazer as malas da nenê, caso ela resolva nascer em São Paulo, e, depois de descer a serra amanhã de volta da pós graduação, quem sabe relaxar um pouquinho...

05 junho, 2007

30 maio, 2007

Os doze trabalhos...


1- Pegar um avião em Campinas, fazer escala em Guarulhos (?!) e aguentar uma hora de turbulência sem serviço de bordo até chegar em Londrina.

2- Ajuizar 1.001 ações (figure of speech) em vários lugares diferentes, distribuindo uma carriola de papel (pobres árvores) antes do fim do dia.

3- Levar chamada do cartorário sem noção na frente dos outros advogados.

4- Chamar a tropa de choque pra interceder pro cartorário não botar meia viagem a perder.

5- Atender mais uma dúzia de latecommers que você avisou em novembro que o prazo vencia em maio.

6- Visitar toda a família que quer ver a barriga imponente no alto dos seus seis meses.

7- Fazer tudo isso com um saltinho fino, mas muito elegante, sem o qual ninguém te leva a sério como profissional (deve ser essa a verdadeira teoria da aparência).

8- Fazer tudo isso com os únicos 6° C que deram o ar da graça naqueles dias.

9- Voltar pra casa com check in às5 horas da manhã.

10- Trabalhar em São Paulo e interior nos próximos dias e se perder 5 vezes indo e voltando da zona Leste.

11- Fazer a bateria de exames pré natais no meio de tudo isso, incluindo glicose, hemograma e umas tantas picadas pra tirar sangue.

12- Voltar pra casa depois de dez dias e saber que o seu concurso não foi adiado, então vc vai ter que viajar de novo em 3 dias.

17 maio, 2007

Momentos são...

* Não sei porquê, mas de tempos em tempos o template aí de cima com a caneca some e eu tenho que registrar tudo de novo...


* Hoje de manhã meu marido conversando com a minha barriga:

- Maria Clara, você tem que cuidar da casa onde você mora. E, no momento, você mora na mamãe, e se você continuar a chutar a mamãe desse jeito ela vai acabar toda esculhambada por dentro...


Não é um amor?


* Eu tenho trabalhado além da conta e estado fora de casa mais ainda. E, além disso estamos mudando de base logo, logo, então só resta dizer que além do corpo não me pertencer mais, a vida parece que também não...

07 maio, 2007

Festa na roça

Fim-de-semana tranquilo na roça.
Domingo de manhã a viola correndo solta enquanto a sertanejada da serra vem encostar seus cavalos no bar da esquina, onde a carne já ferve na churrasqueira e as garrafas de pinga vão ser esvaziadas muito antes do sol se pôr.
Muitos mal têm dentes na boca, o que não impede a prosa e os causos de rolarem livremente pelo estabelecimento.
Agora que nós estamos de malas semi-cerradas pra passar uma temporada na selva de pedra, cada peculiaridade volta a ser absorvida como nos primeiros meses, responsáveis por muitas crônicas que estamparam este blog e outras ainda sem publicação.
A correria da vida nos levou pra outros lados, mas agora, neste último trimestre de gestação, estamos tentando chocar a cria de volta no ninho.
Ninho itinerante é verdade, mas não menos um ninho.

Que todos tenham uma boa semana!

30 abril, 2007

O Tao

Tudo é mutação e nada existe sem ela- assim a China concebe o mundo. E nessa visão abrangente do Cosmo como um todo flutuante, um imenso Caleidoscópio, como se processa a Mutação?

Não pergunte quem sou eu; pergunte quem estou sendo.

Inexiste no Oriente o conceito de entidade, de coisa, ou a noção de substancialidade, mas sim processos do vir a ser que se desenvolvem entre nascimento e morte. O fascínio de tudo que brilha sobre a Terra realça a função de reflexo a conduzir os seres humanos para além dessas formas imperfeitas que constituem as suas moradas.

Momentos de dificuldade e de perda interagem com momentos de encontro e de ganhos. Ora nos aproximamos, ora nos afastamos, em ciclos contínuos e intermináveis. Quem descobre como sobreviver em situações limite e muito difíceis sai das perdas acrescido. Quem se insulfla de prepotência pelo sucesso conquistado sai da prosperidade diminuído.

Ao contrário do Ocidente, que pensa o Universo em termos materiais, o Oriente o pensa em termos de fluxos mutantes. Na realidade, não há quem mude; há apenas a Mutação.

(I-Ching- O livro das Mutações, Alayde Mutzenbecher)

27 abril, 2007

Um dia de cada vez

Pela estrada afora eu não vou sozinha, mas apesar de saber que há luz no fim do túnel, às vezes o túnel se afunila e faz com que as certezas que um dia tivemos passem a ser dúvidas insistentes que pairam sobre nossas cabeças.

São tempos complicados novamente, e apesar do cinza no céu lá fora, hoje foi o primeiro dia que pudemos respirar com um pouco mais de calma e retomar a caminhada pelo túnel. Ele tem fim, a gente sabe. E tudo funciona em ciclos, a gente também sabe.


Mas como diz Quintana, o pior dos problemas da gente é que ninguém tem nada com isso! Então resta caminhar, rezar, respirar... e começar tudo de novo outra vez. Até o fim do túnel, até a volta da calmaria.


18 abril, 2007

As formigas e eu

Deve ser sinal do inverno que vem chegando. Toda noite elas se alinham silenciosamente e num frenesi de folhinhas e muita disciplina vão abastecendo seu formigueiro para os dias mais frios.
Elas passam alinhadas à sarjeta, percorrendo quase o quarteirão inteiro até chegar ao seu destino.
Eu também estou estocando minhas folhinhas pro inverno, mas as minhas vêem branquinhas em formato A4. Também tento não matá-las ao entrar e sair de carro. Tento só seguir o exemplo. Mas acho que eu estou bem mais cansada que elas, que por assumir seu papel de operárias jamias terão formiguinhas-bebê.
Eu sou operária, e sou rainha do meu formigueiro, portanto trabalho em dobro e ignoro a disciplina militar que existe em mim... e nos outros.
Como sábado...
Meu contato com o exército sempre se resumiu ao fato de meu pai ter servido ainda moço, e minha mãe ter adotado a famosa disciplina como regra da casa.
Assim, estando sábado, grávida, em um evento que acontecia dentro da propriedade do exército me vi no dilema que acomete todas as grávidas eventualmente: a síndrome da bexiga curta.
Na minha ingenuidade sem tamanho perguntei pra um soldado que estava próximo se havia algum banheiro que eu pudesse utilizar e ele me indicou o batalhão mais próximo.
Caminhei novamente na direção do batalhão para, na guarita explicar que, primeiro, eu estava grávida, o que a essas alturas, é auto-explicativo, e da possibilidade de usar algum banheiro naquelas facilidades. Vejam bem, eu perguntei da possibilidade, o que sempre deixa aberto a alternativa de um "não" solene.
Mas os gentis e confusos soldados mobilizaram meio batalhão, sargento, etc pra que alguém me levasse até a porta do banheiro, revistasse o banheiro, montasse guarda enquanto eu usava e me escoltasse de volta até a guarita do batalhão.
Já roxa de vergonha mas ainda viva saí de lá com a bexiga mais leve e grata ao Exército Brasileiro pela presteza apesar da esquisitice do pedido!
Sou eu no caminho das formigas!!

13 abril, 2007

Como foi a Páscoa?




Santo Chocolate...
Ainda ganhei essa coelha "grávida" do meu marido, solidária com a minha condição. Não abri pra ver se dentro dela veio algum coelhinho, mas espero que a moça que fez tenha tido essa presença de espírito, senão seria só uma coelha obesa...


Preciso de uma creche urgente pra poder repartir as cáries e calorias!


Não tenho aparecido muito, mas tenho trabalhado de verdade.


A neném chuta todo dia pra lembrar que ela também já quer atenção!


Assim sendo, eu me organizo e volto, nem que seja com menos frequência.
Bom fim-de-semana a todos!!


03 abril, 2007

Digressões em 24 hrs de SP

* Minha mãe vai ficar feliz. Finalmente entrei na moda. Por excesso de opção, é vero.
Depois de passar pelo vexame do botão da calça aberto ainda passei pela fase dos elastiquinhos de banco e blusinhas mais compridas. Finalmente qdo o último botão de baixo já não fechava mais, me rendi e fiz uma rápida incursão à ZePa pra descobrir que a última moda do inverno são roupas de malha e sem cintura. Nada mais conveniente. Passei então de grávida desarrumada pra fashion victim em potencial. E tudo pelo preço que custaria uma única calça de grávida em uma loja de roupas de grávida, que além disso só vende coisas feias. Estoquei para os próximos dois meses.

* Vou ao cinema sozinha numa boa, pq ainda prefiro essa opção a não ir ao cinema de jeito nenhum. E me divirto com os comentários dos outros solitários de plantão. Da última vez o senhor soltou a seguinte pérola para si mesmo depois de um trailler completamente surreal: "até parece...." Quase deu vontade de responder.

* Fiquei tentada a experimetar um mochalatteccino expresso qualquer coisa na recém inaugurada e ainda brilhando de nova Starbucks. Não que qualquer café misturado com leite valha 7 reais, mas só pra matar a saudade do gosto de chafé americano. Mas a fila virando a esquina da loja me tirou o apetite....

* Não tenho desculpas pra não escrever a não ser a falta de assunto e o calor que não me deixa pensar. Digamos que da minha velocidade habitual de 140 km/h eu pareço mais uma velhinha cruzando a rua... a uns 3 m/h. Mas ainda passo por aqui e espero que essa letargia passe logo...