Achei isso daqui entre os arquivos do Mothern e fiquei pensando nisso...
"O mais incrível, nos nascimentos, é a euforia cega com que os pais encobrem o risco e a imponderabilidade do que acabaram de criar, a esperança com que o recebem e que os faz transformar em augúrio promissor a incapacidade de prever o futuro que ali se anuncia e a impotência de todas as medidas de precaução nesse sentido. Se assim não fosse, é bem provável que o ser humano já tivesse desaparecido da face da Terra, pelas mãos de mães zelosas e assassinas."
Bernardo Carvalho - Nove Noites
Acordei umas duas noites essa semana achando tudo tão maior que eu. Sentei no meu banquinho de expectadora (e esperadora) e fiquei vislumbrando as coisas que eu nunca vi antes. As coisas que a gente não pensa, que a gente só vive, pq elas são de uma extensão tão acima da nossa compreensão que pensar não leva realmente a lugar algum. Algumas a gente até discute na teoria, mas a prática, a realidade, o momento de verdade, acho que a gente não prevê nem em sonhos.
Entendeu?
Nem eu.
Só tava pensando...
07 março, 2007
02 março, 2007
Foi com ele, é comigo
A um passarinho
Para que vieste
Na minha janela
Meter o nariz?
Se foi por um verso
Não sou mais poeta
Ando tão feliz!
Se é para uma prosa
Não sou Anchieta
Nem venho de Assis.
Deixa-te de histórias
Some-te daqui!
(Vinicius de Moraes)
Eu por minha vez espero que este passarinho nunca suma, apesar de bastante decepcionado comigo ultimamente...
Para que vieste
Na minha janela
Meter o nariz?
Se foi por um verso
Não sou mais poeta
Ando tão feliz!
Se é para uma prosa
Não sou Anchieta
Nem venho de Assis.
Deixa-te de histórias
Some-te daqui!
(Vinicius de Moraes)
Eu por minha vez espero que este passarinho nunca suma, apesar de bastante decepcionado comigo ultimamente...
26 fevereiro, 2007
...

Não voltei pq mal cheguei e já fui de novo.
Mas muito resumidamente posso dizer que começamos com muito sol, seguimos com ocorrências policiais não programadas e acabamos com mais sol, céu azul e mar transparente.
Agora devidamente em casa, depois de uma longa ressaca de cerveja sem álcool estou finalmente colocando a vida em ordem.
Vida em ordem = faxina
Fim de temporada = jogar tudo que não presta mais fora ou doar pra quem queira
Saudades da praia = pendurar a saudosa rede vermelha toda rendada no meio da sala e fingir que as férias não acabaram
Como eu já não tenho uma máquina digital pós B.O. de Carnaval não posso documentar, mas quem quiser matar saudade da rede é só dar um pulinho aqui!!
16 fevereiro, 2007
Vai passar nessa avenida...
Eu quero mesmo é molhar meu pé na água salgada, pedir a benção pra todos os meus anjos e santos, dormir na sombra de uma árvore e tomar água de côco vendo o pôr do sol!
Mas, como o cabelo não nega a raça, vou assistir aos desfiles pela televisão!!
Um bom Carnaval pra todo mundo!
14 fevereiro, 2007
Das injustiças e da preguiça de mudar
Ainda tô intalada com dois assuntos que me tiraram o bom humor essa semana: primeiro aquele assassinato estúpido, cruel e desnecessário de uma criança que não tinha nada a ver com isso no RJ. Mas talvez ela tivesse a ver com isso, como todos nós temos. Fiquei pensando numa contradição que sempre me vem à mente quando os representantes do povo dizem que uma hora de comoção não é o momento adequado pra mudar leis. Mas fora do momento de comoção essas injustiças são esquecidas, então, qual a hora boa, por favor? Quanto à diminuição de maioridade penal, a minha opinião é e sempre foi que os jovens de hoje em dia, com raras, rarissimas exceções, não são mais crianças. Segundo, que jovens com 16 anos são habilitados para escolher seus representantes como cidadãos que votam e decidem o futuro político do país, então, se são hábeis pra tomar uma decisão tão importante, pq são crianças na hora de responderem por seus crimes??
Mas mudar dói, mudar é difícil até quando se muda só de cadeira, de lugar, de casa. Mudar requer sair da inércia de ser sempre assim e ser diferente, pra melhor, de preferência!
O que me leva ao segundo assunto da semana, que é o resultado da pesquisa nas escolas brasileiras que mostram que cada vez mais nossos jovens sabem menos. E, sabendo menos, como podemos esperar melhorar o que quer que seja? E como se espera que professores mudem sem incentivos, treinamento, diretrizes coerentes? E como se espera que alunos aprendam sem professores em condições de ensinar, sem escolas em condições de funcionar adequadamente? Sem um planejamento contínuo que não seja refém de mudanças governamentais pra criar um nome novo, bonito pra próxima campanha?
Será que algum dia isso muda? A gente muda?
Mas mudar dói, mudar é difícil até quando se muda só de cadeira, de lugar, de casa. Mudar requer sair da inércia de ser sempre assim e ser diferente, pra melhor, de preferência!
O que me leva ao segundo assunto da semana, que é o resultado da pesquisa nas escolas brasileiras que mostram que cada vez mais nossos jovens sabem menos. E, sabendo menos, como podemos esperar melhorar o que quer que seja? E como se espera que professores mudem sem incentivos, treinamento, diretrizes coerentes? E como se espera que alunos aprendam sem professores em condições de ensinar, sem escolas em condições de funcionar adequadamente? Sem um planejamento contínuo que não seja refém de mudanças governamentais pra criar um nome novo, bonito pra próxima campanha?
Será que algum dia isso muda? A gente muda?
Do novo e da preguiça de mudar...
Me dobrei à modernidade...
Eu não sou vanguardista nesse quesito, então quando o blogger veio com essa história de nova conta google, patati patatá, eu fui deixando pra lá. Entrava na minha velha contazinha do blogger mesmo e eles lá, fazendo propaganda das mil maravilhas do novo modelo, que nem caixeiro viajante (se é que essa raça ainda existe).
Hoje não teve jeito. Me encostaram num canto e se eu quisesse ver meu blog de novo teria que ceder. Só não entendo direito como é que eu consigo acessar orkut e blogger com uma conta do concorrente hotmail...
Eu não sou vanguardista nesse quesito, então quando o blogger veio com essa história de nova conta google, patati patatá, eu fui deixando pra lá. Entrava na minha velha contazinha do blogger mesmo e eles lá, fazendo propaganda das mil maravilhas do novo modelo, que nem caixeiro viajante (se é que essa raça ainda existe).
Hoje não teve jeito. Me encostaram num canto e se eu quisesse ver meu blog de novo teria que ceder. Só não entendo direito como é que eu consigo acessar orkut e blogger com uma conta do concorrente hotmail...
06 fevereiro, 2007
Cenas impublicáveis...

Aposentei a ingrata!
04 fevereiro, 2007
Because every cloud has a silver lining
Dizem os anglo-saxônicos que toda coisa ruim tem lá o seu lado bom.
A vida começou, ainda que o carnaval ainda não tenha chegado.
A pós-graduação voltou, e subo a serra semana sim, semana não para me prostrar toda sexta e sábado nas eminentes cadeiras duras da PUC pra ver se fico um pouco mais inteligente. Agora também me vejo às voltas de terminar minha tese antes do bebê nascer, mas já não sei onde estava com a cabeça quando me propus a isso...
Faz um sol de lascar por aqui e a minha pele, não tão branca assim, mas desacostumada a fazer fotossíntese depois de tanta chuva, avermelha só de sair de casa. Então vamos indo em doses homeopáticas.
Na serra não chove em doses homeopáticas, e descer pra casa ontem acabou se tornando uma aventura, no meio de torrentes de água que criavam rios correntes no meio da pista, às vezes até com certa profundidade. Mas na sua versão positiva, a chuva cria espetáculos na natureza, fazendo brotar água da terra em grandes proporções, criando cascatas e cachoeiras onde antes só havia terra e pedra. Nas montanhas enxergam-se de longe as veias brancas de água correndo por todos os lados. Bonito de dar gosto, e vontade de ficar olhando. Mas o buraco é grande e desgrudar os olhos da pista é pouco recomendado. Só umas olhadelas.
Os problemas que não têm solução ainda eu vou deixando se resolverem sozinhos. Os outros a gente corre atrás, ou anda, devagar e com parcimônia, com recomendações médicas.
Não escrevo tanto mais. Mas escrevo ainda.
Não leio tanto mais, mas leio ainda.
Estou por aqui e por ali.
A gente se vê pelas estradas, porque agora eu posso de novo!!
Boa semana a todos!
A vida começou, ainda que o carnaval ainda não tenha chegado.
A pós-graduação voltou, e subo a serra semana sim, semana não para me prostrar toda sexta e sábado nas eminentes cadeiras duras da PUC pra ver se fico um pouco mais inteligente. Agora também me vejo às voltas de terminar minha tese antes do bebê nascer, mas já não sei onde estava com a cabeça quando me propus a isso...
Faz um sol de lascar por aqui e a minha pele, não tão branca assim, mas desacostumada a fazer fotossíntese depois de tanta chuva, avermelha só de sair de casa. Então vamos indo em doses homeopáticas.
Na serra não chove em doses homeopáticas, e descer pra casa ontem acabou se tornando uma aventura, no meio de torrentes de água que criavam rios correntes no meio da pista, às vezes até com certa profundidade. Mas na sua versão positiva, a chuva cria espetáculos na natureza, fazendo brotar água da terra em grandes proporções, criando cascatas e cachoeiras onde antes só havia terra e pedra. Nas montanhas enxergam-se de longe as veias brancas de água correndo por todos os lados. Bonito de dar gosto, e vontade de ficar olhando. Mas o buraco é grande e desgrudar os olhos da pista é pouco recomendado. Só umas olhadelas.
Os problemas que não têm solução ainda eu vou deixando se resolverem sozinhos. Os outros a gente corre atrás, ou anda, devagar e com parcimônia, com recomendações médicas.
Não escrevo tanto mais. Mas escrevo ainda.
Não leio tanto mais, mas leio ainda.
Estou por aqui e por ali.
A gente se vê pelas estradas, porque agora eu posso de novo!!
Boa semana a todos!
27 janeiro, 2007
Um olhar de fora de mim - por eu mesma
Vergonha 1:
Bem que eu vi que todo mundo olhava quando eu estava passando....
Pensei que devia ser a blusa amarela que estava chamando muita atenção... Ou os peitos, que andam maiores que a lua cheia. Meio tarde pra descobrir, mas acho que era mesmo o botão aberto da minha calça...
Ando num dilema. O botão da calça ainda fecha, mas me estrangula a barriga... A blusa cobre, mas fica subindo. Aí fui almoçar no shopping toda faceira e abri o botão com a blusa por cima pra não me incomodar enquanto eu comia.... só não lembrei de fechar depois de terminada a não tão farta refeição...
Vergonha 2:
Resolvido o problema técnico da calça, botão, olhares e etc fui assistir Babel, sozinha, grávida. Eu sabia que isso ia acabar mal. Primeiro pq já comecei a chorar no trailler de Dreamgirls... Ainda bem que já estava tudo escuro. Resumo da ópera: o filme é realmente ótimo, merecedor de Oscar e tudo mais. Mas aí depois de duas horas e meia de emoção e um final triste de dar dó (ou o problema sou eu, mesmo) o filme simplesmente acaba. Acaba, termina, end, e eu, com aquela cara inchada, vermelha, nariz escorrendo. Ah, por favor. E aí os insensíveis lanterninhas te encaminham pra um correndor daqueles que te ejeta bem no meio do shopping. E eu, como já disse, vermelha, inchada e agora também louca de vergonha. Com mais vergonha do que no episódio do botão aberto. Cobri a lateral do rosto com meu casaquinho como quem esta, assim, fazendo charme (ou se escondendo da polícia) e me encaminhei ao banheiro mais próximo até que achasse um buraco onde enfiar a cabeça. Como não achei, esperei passar e voltei pra casa, até que eu me torne uma pessoa mais... mais... sem-vergonha, talvez...
Bem que eu vi que todo mundo olhava quando eu estava passando....
Pensei que devia ser a blusa amarela que estava chamando muita atenção... Ou os peitos, que andam maiores que a lua cheia. Meio tarde pra descobrir, mas acho que era mesmo o botão aberto da minha calça...
Ando num dilema. O botão da calça ainda fecha, mas me estrangula a barriga... A blusa cobre, mas fica subindo. Aí fui almoçar no shopping toda faceira e abri o botão com a blusa por cima pra não me incomodar enquanto eu comia.... só não lembrei de fechar depois de terminada a não tão farta refeição...
Vergonha 2:
Resolvido o problema técnico da calça, botão, olhares e etc fui assistir Babel, sozinha, grávida. Eu sabia que isso ia acabar mal. Primeiro pq já comecei a chorar no trailler de Dreamgirls... Ainda bem que já estava tudo escuro. Resumo da ópera: o filme é realmente ótimo, merecedor de Oscar e tudo mais. Mas aí depois de duas horas e meia de emoção e um final triste de dar dó (ou o problema sou eu, mesmo) o filme simplesmente acaba. Acaba, termina, end, e eu, com aquela cara inchada, vermelha, nariz escorrendo. Ah, por favor. E aí os insensíveis lanterninhas te encaminham pra um correndor daqueles que te ejeta bem no meio do shopping. E eu, como já disse, vermelha, inchada e agora também louca de vergonha. Com mais vergonha do que no episódio do botão aberto. Cobri a lateral do rosto com meu casaquinho como quem esta, assim, fazendo charme (ou se escondendo da polícia) e me encaminhei ao banheiro mais próximo até que achasse um buraco onde enfiar a cabeça. Como não achei, esperei passar e voltei pra casa, até que eu me torne uma pessoa mais... mais... sem-vergonha, talvez...
23 janeiro, 2007
Do que eu também não entendo
Ando estupefata com a vida e com o mundo.
Pensando bem, acho que nunca usei essa palavra pra me descrever antes. Mas serve.
Cada vez que o Chavez abre a boca meus enjôos aumentam. Meus Deus, 52% da população abaixo da linha da pobreza e ainda deixam esse inconsequente brincar de soldadinho de chumbo?? Do Fidel e do Bush não vou falar. O primeiro está morrendo e o segundo já morreu, politicamente ao menos. Ou melhor, se matou!
E aquele buraco em São Paulo de onde só saiu sangue? Uma vergonha o que os telejornais fizeram. Um abuso incessante de imagens daquela tragédia, que não deve ser esquecida, que deve ser apurada, mas que não deve ser molestada como instrumento de ibope. E neste caso vou ter que defender a Globo, onde ainda se podia ver notícias sobre o Encontro do Mercosul e as crises pelo mundo, enquanto Band e Record debruçaram sobre a tragédia fazendo um sensacionalismo sem precedentes, usando uma hora inteira dos telejornais matinais e repetindo incessantemente a mesma coisa por dias e dias e dias. Perderam a minha audiência por tempo muito maior!
E daqui de onde estou não vejo cometa algum. Talvez ele venha e vá sem que eu possa ao menos colocar os olhos nele, pois a chuva incessante como as notícias ruins dos telejornais não deixa um pedaço de céu azul aparecer há muito tempo.
E aí eu fico aqui repetindo pra mim mesma: isso também vai passar...
Será?
Vou chupar limão, vou dormir mais um pouco, deixar um ovo pra Santa Clara, esperar o Carnaval chegar e levar essa tristeza embora. Ou pelo menos pintá-la de outras cores.
Uma boa semana a todos!
Pensando bem, acho que nunca usei essa palavra pra me descrever antes. Mas serve.
Cada vez que o Chavez abre a boca meus enjôos aumentam. Meus Deus, 52% da população abaixo da linha da pobreza e ainda deixam esse inconsequente brincar de soldadinho de chumbo?? Do Fidel e do Bush não vou falar. O primeiro está morrendo e o segundo já morreu, politicamente ao menos. Ou melhor, se matou!
E aquele buraco em São Paulo de onde só saiu sangue? Uma vergonha o que os telejornais fizeram. Um abuso incessante de imagens daquela tragédia, que não deve ser esquecida, que deve ser apurada, mas que não deve ser molestada como instrumento de ibope. E neste caso vou ter que defender a Globo, onde ainda se podia ver notícias sobre o Encontro do Mercosul e as crises pelo mundo, enquanto Band e Record debruçaram sobre a tragédia fazendo um sensacionalismo sem precedentes, usando uma hora inteira dos telejornais matinais e repetindo incessantemente a mesma coisa por dias e dias e dias. Perderam a minha audiência por tempo muito maior!
E daqui de onde estou não vejo cometa algum. Talvez ele venha e vá sem que eu possa ao menos colocar os olhos nele, pois a chuva incessante como as notícias ruins dos telejornais não deixa um pedaço de céu azul aparecer há muito tempo.
E aí eu fico aqui repetindo pra mim mesma: isso também vai passar...
Será?
Vou chupar limão, vou dormir mais um pouco, deixar um ovo pra Santa Clara, esperar o Carnaval chegar e levar essa tristeza embora. Ou pelo menos pintá-la de outras cores.
Uma boa semana a todos!
17 janeiro, 2007
Na verdade...

Tenho hormônios demais pelo meu corpo, sinto um sono avassalador e o tempo útil que me resta, me arrasto para o computador ou pra rua pra trabalhar.
Claro, que, também teve o dilúvio que se estendeu de 2006 até uns dez dias de 2007 fazendo buracos abrirem na terra no meio de São Paulo, a cidade aqui usar barquinhos no último findis e também quase me matar de tédio.
Mas agora, castigo acabado, de volta à estrada e um solzinho mais ou menos dando o ar da graça every now and then, não tenho me atido muito a escrever o que quer que seja, de lista de compras ao trabalho de pós graduação, cujo deadline já está ali na esquina.
Mas o que importa é que anda tudo bem, e o prognóstico pro resto do ano é de muita novidade boa pelo caminho.
E o countdown para a praia já começou!!!
Pode parecer falta do que fazer...
Mas é melhor que ler dicionário!!
Resultado: 26 pontos
Eu tenho um excelente vocabulário.
Teste Seu Vocabulário.
Oferecimento: InterNey.Net
Resultado: 26 pontos
Eu tenho um excelente vocabulário.
Teste Seu Vocabulário.
Oferecimento: InterNey.Net
Assinar:
Postagens (Atom)