Descendo as escadas de casa pra tomar café hoje de manhã vi pela janela um jegue cruzando a rua. Ia sozinho, pacato, lá pelas oito da manhã, como quem não tem pressa pra picar cartão ou começar a jornanda do dia.
Ou seria um burro? Ou mesmo um jumento?
Não sei bem a diferença técnica entre eles, mas a dois dias da temporada na cidade grande tenho certeza que vou sentir falta desses detalhes tão pitorescos que os locais talvez nem dêem bola.
Entre uma temporada de trabalho e outra de gripe fui forçada a parar uns cinco minutos pra colocar a vida em perspectiva, e, na verdade, conclui coisa alguma até agora.
A barriga cada vez maior me faz mais prática que filosófica, portanto, preciso terminar o trabalho, fazer backup do computador, descongelar a geladeira, fazer as malas da nenê, caso ela resolva nascer em São Paulo, e, depois de descer a serra amanhã de volta da pós graduação, quem sabe relaxar um pouquinho...