Tudo é mutação e nada existe sem ela- assim a China concebe o mundo. E nessa visão abrangente do Cosmo como um todo flutuante, um imenso Caleidoscópio, como se processa a Mutação?
Não pergunte quem sou eu; pergunte quem estou sendo.
Inexiste no Oriente o conceito de entidade, de coisa, ou a noção de substancialidade, mas sim processos do vir a ser que se desenvolvem entre nascimento e morte. O fascínio de tudo que brilha sobre a Terra realça a função de reflexo a conduzir os seres humanos para além dessas formas imperfeitas que constituem as suas moradas.
Momentos de dificuldade e de perda interagem com momentos de encontro e de ganhos. Ora nos aproximamos, ora nos afastamos, em ciclos contínuos e intermináveis. Quem descobre como sobreviver em situações limite e muito difíceis sai das perdas acrescido. Quem se insulfla de prepotência pelo sucesso conquistado sai da prosperidade diminuído.
Ao contrário do Ocidente, que pensa o Universo em termos materiais, o Oriente o pensa em termos de fluxos mutantes. Na realidade, não há quem mude; há apenas a Mutação.
(I-Ching- O livro das Mutações, Alayde Mutzenbecher)
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