Em homenagem a dois amigos, melhores contadores de "causos" que eu conheço!
Sábado era pra ser um dia calmo. Daqueles que não se tem hora pra acordar, e quando acordar, ir engatinhando até o sofá achar alguma coisa boa passando na TV e por lá ficar.
Mas não podia ser assim, tão fácil. Então seis e meia eu acordo com uma dor de cabeça chatíssima. Rezo, faço mandinga, compressa, até passar. Ainda tenho mais umas horas de preguiça.
Sempre ficamos com a veneziana aberta pra gente poder acordar com a luz do dia.
Hoje, no entanto a veneziana aberta me fez ver um sujeito plantando uma escada na minha sacada!
Acordei o Lu de uma pancada só. "Tem um cara ali fora!", "O que??", "Tem um cara ali na sacada!"
Ele não entendeu nada, mas que tinha um homem na sacada tinha! Fomos descobrir era o senhor contratado pela dona da casa, que não tinha nos avisado de nada, pra eliminar as pombas do telhado.
Eles usam um tipo de cola que quando a pomba assenta, fica grudada naquela gosma e, percebendo que aquele não é mais um lugar legal pra ficar, contam umas pras outras na sua linguagem columbina (ou seja, de pombas! - esse eu tive que achar na gramática!) até que não exista mais pomba no telhado. Ou assim eu imagino.
Acordamos, sem opção e com um mal-humor do cão a essas alturas, pra começar o dia.
Fiz meu café e sentei na frente do computador pra revisar alguns trabalhos quando ouço o Lu gritando que nem louco: "Saaaaaiii! Saaaaaiiii!"
Corro pra ver. São as pombas, em um dia de MST (Movimento das Sem Telhado), que resolveram invadir nossa cozinha já que não têm mais telhado onde pousar. Se escondem atrás do lixo, driblam o dono da casa, abrem as asas e as batem em sinal de ameaça. Fazem e aprontam e são expulsas da casa, porque cozinha não é lugar de pomba. Ele diz que já vai resolver o problema.
Volto pro computador onde passo o resto da manhã trabalhando.
Lá pelas onze desço pra ver o que vai ser do almoço e encontro a espingarda de pressão encostada em um canto da cozinha, do lado da lata de lixo que havia sido sujeita da ocupação, com a caixa de chumbinhos, pronta pra uso.
Dias difíceis esses...
2 comentários:
Pobres pombas, ultimamente tenho descarregado meu stress nelas. Sei que no fundo elas não tem muita culpa, afinal somos nós quem espalhamos o lixo que elas comem, mas o problema é que elas adoram cagar em tudo, por isso transmitem doenças. Na verdade elas devem se espelhar no ser humano, que come um monte de porcaria, joga todo o lixo por toda a parte e ainda por cima caga em tudo fazendo construções feias e destruindo o verde deste mundo... Pobres pompas, pobres homens...
Bacana
.....é.. mas me encontro com a mente em branco ao tentar imaginar um mundo sem pombas.. estou fazendo um esforço tremendo.. não dá.. não consigo......... é como imaginar um campo sem flores.. flores sem borboletas.. borboletas sem cores.....cores sem flagrância.. flagrância sem flores.. flores sem árvores.. árvores sem pombas.. talvez seja porque o mundo assim está, que elas têm que ir parar no telhado.. cujo destino será um chumbo no meio do peito.. mas não só no dela.. no nosso também.
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