29 junho, 2009

Um amigo meu tem razão: a escola estraga as crianças! Elas começam falando tão bonitinho... aí vão lá ensinar pra elas a linguagem dos adultos e é o começo do fim daquela graça toda.

-Quem quer tomar banho? - Ueeeeuuuu!
- Tô window!!


E quando os brinquedos estão jogados no chão, ela começa a organização e ordena, do alto da sua cadeira leonina de rainha da selva: “runta, mamãe!”

Aliás, o r está por toda parte: “Ramu passiá! Vem, mamãe. Vem, papai. Ma-ma-nhêê, ramu!!”

E quando eu menos esperava, porque já não insistia mais, vieram as pérolas: “O-bi-ga-da, mamãe!” Assim, pausadamente, como quem quer se fazer entender e “Icença!”. Pra tudo essa menina pede licença, até pros brinquedos!!

Agora já não quer mais que leiamos as histórias, pois ela mesma se encarrega de contá-las, dizendo “aíí... a me-ni-na udffhiurghva e aí... o me-ni-no hgdfiuywi... aíí..a fôzinha nu pé do Bambi.” e assim vai até o final do livro.

A paixão pelo “Pabo” e dos demais Backyardigans é irremediável. Não só descobri há algumas semanas que ela sabe o nome de t-o-d-o-s os cinco, como de ter visto as cenas um zilhão e trezentos bilhões de vezes, ainda narra as ditas pra mim: “Óia, mamãe, u Pabo vai passiá. Òia o carro do Pabo!” Ó céus...

Deu de comer sozinha e não aceita ajuda de jeito nenhum, o que acaba resultando em obras de arte moderna nos arredores do cadeirão. Bolo? Só passando o aspirador de pó em seguida! Do cabelo aos pés, e no raio de um metro ao redor. Mas come tudo e come bem, e come a nossa janta depois de terminar a dela! Antes assim!

É tanta coisa, e cada dia uma coisa nova, e cada dia uma coisa fofa que ela fazia e não faz mais e vem com outras coisas fofas no lugar. Dá vontade de deixar uma câmera ligada o tempo inteiro, porque passa tão rápido, tão rápido... que daqui dois meses ela estará de uniforme na escolinha nova e aí, lá se vai a fofurice...

Um comentário:

r a c h e l disse...

Ah que texto fofo, moça! A minha fez 12 anos agora. E o que resta de criança tá virando mocinha. Emociona, eu acho, pra sempre.

Uma beijoca,
Rachel (do Terapia)