Já era tarde na sexta quando o comboio saiu em direção à fronteira.
Meia dúzia de roupas quentes, outra mala de comida “pro caminho” e estávamos ajeitados.
As mocinhas ganharam um radinho com cara de brinquedo, um "talkabout", usado com maestria pra talk about everything, para a tristeza dos que tiveram a idéia. Os mocinhos ficaram com os Py de verdade, enquanto nós cuidávamos de fazer as “interferências”.
Cada quilômetro mais distante da capital era um grau a menos no termômetro. Quando a fileira indiana de jipes chegou à serra o termômetro já tinha chegado ao final da linha positiva, com um mísero grau restante pra nos fazer companhia.
Pessoas na rua? O suficiente pra entender que ali as pessoas iam procurar frio em estilo confortável, sem precisar atravessar os dois ou três estados que os levariam ao Sul. A Mantiqueira é tão imponente quanto suas camaradas sulistas neste sentido.
Meia dúzia de roupas quentes, outra mala de comida “pro caminho” e estávamos ajeitados.
As mocinhas ganharam um radinho com cara de brinquedo, um "talkabout", usado com maestria pra talk about everything, para a tristeza dos que tiveram a idéia. Os mocinhos ficaram com os Py de verdade, enquanto nós cuidávamos de fazer as “interferências”.
Cada quilômetro mais distante da capital era um grau a menos no termômetro. Quando a fileira indiana de jipes chegou à serra o termômetro já tinha chegado ao final da linha positiva, com um mísero grau restante pra nos fazer companhia.
Pessoas na rua? O suficiente pra entender que ali as pessoas iam procurar frio em estilo confortável, sem precisar atravessar os dois ou três estados que os levariam ao Sul. A Mantiqueira é tão imponente quanto suas camaradas sulistas neste sentido.
Que o diga o Pico do Selado, a 2.080 metros de altitude, pra onde fomos na manhã seguinte. Oito adultos muito empenhados revezavam na lomba a única e sortuda criança que teve o privilégio de subir sem precisar fazer o mínimo esforço, que não fosse o de equilibrar-se aqui e ali.
Há dois discursos para quem resolve enfrentar o Pico do Selado, o da ida e o da volta. O da ida consiste em perguntar a cada passante que vem descendo se ainda falta muito, já que lá pelo meio muita gente pensa seriamente que não faz idéia onde se meteu, xinga até a quinta geração do infeliz que teve a idéia, mas encorajado pelos caminhantes da descida decide seguir em frente. Chegando ao topo, a satisfação de uma vista divina constrói o discurso da volta, onde passantes subindo perguntam desesperados se ainda falta muito, e você, revigorado pela paisagem, ar extremamente puro e um tempinho de descanso e reflexão em cima das pedras, os incentiva a continuar a caminhada apesar de ainda faltar mais da metade do caminho pela frente.
O processo no total acaba levando umas duas horas e meia, entre subida, contemplação e descida, e abre o apetite até do faquir mais determinado. Assim, lá fomos nós matar quem estava nos matando.
Mais duas horas de refeição e algumas baixas pelo caminho, ou melhor, para a pousada. Os mais destemidos ficaram para enfrentar o tempo aberto, e o comércio também. Temperatura baixando inversamente proporcional à velocidade e entusiasmo com que os turistas atacavam os queijos, geléias, cachaças, artesanatos e confecções locais. Lá pelas 7 da noite foi nossa vez de pedir água (quente) e cama (com cobertor).
Já era mais de dez horas da noite quando o time recém recuperado se organizou novamente na taverna da pousada pra abrir a próxima etapa com vinho, lareira e fondue. Curiosamente, há um termômetro no centro da avenida principal (ou única?) para que os turistas possam registrar as parcas temperaturas invernais por lá. Como até o final da esbórnia alimentícia o termômetro se recusava a baixar de 5º C, terminamos a primeira noite com uma temperatura forçada "à gelo" de 4°C.
Um comentário:
nossa.... tudo de obm esse dia!!!!
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