25 julho, 2007

Patriotismo Tupiniquim, parte I

Não sei se me trinco de vergonha ou desligo a televisão quando vejo os competidores do Pan de outros países serem vaiados simplesmente por vestirem outras camisas que não as nossas.
Para o torcedor brasileiro que se encontra nos estádios e ginásios do Pan, a meu ver, não importa o esforço empregado para ostentar a medalha de ouro, nem a performance e nem o tanto que aquela pessoa merece estar ali. Não é brasileiro, a gente vaia!
Novamente, que vergonha!
Meus pais nunca me ensinaram a vaiar em competição alguma. Meu pai sempre me levava pra ver o Sul Americano de handbol que era sediado na minha cidade, mas sempre ficou claro na minha cabeça que ganhava quem tinha jogado melhor. Torcer, gritar, sim, fazer figas pro outro não acertar, vá lá, mas vaiar assim...
Eu só posso crer por essa demonstração completamente anti-esportiva que brasileiro não sabe o que é ganhar por mérito.
Os nossos merecem ganhar. Pq? Por que são brasleiros, oras. Tão somente isso. Se precisar a gente dá um jeitinho, conversa com o árbitro, "ô seu árbitro, quebra um galho vai, faiz u povu feliz, o Pan tá no Brasil..."
É por essa e por outras que, apesar da minha conhecida antipatia com a arrogância americana, aplaudi o resultado do basquete ontem. As americanas mereceram vencer com cestas de 3 pontos fantásticas, enquanto as brasileiras não acertavam uma dentro nos últimos minutos de jogo. Merecem ganhar só pq a Janeth tá saindo? Uma pena, mas não. Qual seria a lógica disso?
Enquanto este for o entendimento da torcida, acho que quem merece uma boa vaia é a gente!

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