14 fevereiro, 2007

Das injustiças e da preguiça de mudar

Ainda tô intalada com dois assuntos que me tiraram o bom humor essa semana: primeiro aquele assassinato estúpido, cruel e desnecessário de uma criança que não tinha nada a ver com isso no RJ. Mas talvez ela tivesse a ver com isso, como todos nós temos. Fiquei pensando numa contradição que sempre me vem à mente quando os representantes do povo dizem que uma hora de comoção não é o momento adequado pra mudar leis. Mas fora do momento de comoção essas injustiças são esquecidas, então, qual a hora boa, por favor? Quanto à diminuição de maioridade penal, a minha opinião é e sempre foi que os jovens de hoje em dia, com raras, rarissimas exceções, não são mais crianças. Segundo, que jovens com 16 anos são habilitados para escolher seus representantes como cidadãos que votam e decidem o futuro político do país, então, se são hábeis pra tomar uma decisão tão importante, pq são crianças na hora de responderem por seus crimes??
Mas mudar dói, mudar é difícil até quando se muda só de cadeira, de lugar, de casa. Mudar requer sair da inércia de ser sempre assim e ser diferente, pra melhor, de preferência!
O que me leva ao segundo assunto da semana, que é o resultado da pesquisa nas escolas brasileiras que mostram que cada vez mais nossos jovens sabem menos. E, sabendo menos, como podemos esperar melhorar o que quer que seja? E como se espera que professores mudem sem incentivos, treinamento, diretrizes coerentes? E como se espera que alunos aprendam sem professores em condições de ensinar, sem escolas em condições de funcionar adequadamente? Sem um planejamento contínuo que não seja refém de mudanças governamentais pra criar um nome novo, bonito pra próxima campanha?
Será que algum dia isso muda? A gente muda?

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