27 janeiro, 2007

Um olhar de fora de mim - por eu mesma

Vergonha 1:
Bem que eu vi que todo mundo olhava quando eu estava passando....
Pensei que devia ser a blusa amarela que estava chamando muita atenção... Ou os peitos, que andam maiores que a lua cheia. Meio tarde pra descobrir, mas acho que era mesmo o botão aberto da minha calça...
Ando num dilema. O botão da calça ainda fecha, mas me estrangula a barriga... A blusa cobre, mas fica subindo. Aí fui almoçar no shopping toda faceira e abri o botão com a blusa por cima pra não me incomodar enquanto eu comia.... só não lembrei de fechar depois de terminada a não tão farta refeição...

Vergonha 2:
Resolvido o problema técnico da calça, botão, olhares e etc fui assistir Babel, sozinha, grávida. Eu sabia que isso ia acabar mal. Primeiro pq já comecei a chorar no trailler de Dreamgirls... Ainda bem que já estava tudo escuro. Resumo da ópera: o filme é realmente ótimo, merecedor de Oscar e tudo mais. Mas aí depois de duas horas e meia de emoção e um final triste de dar dó (ou o problema sou eu, mesmo) o filme simplesmente acaba. Acaba, termina, end, e eu, com aquela cara inchada, vermelha, nariz escorrendo. Ah, por favor. E aí os insensíveis lanterninhas te encaminham pra um correndor daqueles que te ejeta bem no meio do shopping. E eu, como já disse, vermelha, inchada e agora também louca de vergonha. Com mais vergonha do que no episódio do botão aberto. Cobri a lateral do rosto com meu casaquinho como quem esta, assim, fazendo charme (ou se escondendo da polícia) e me encaminhei ao banheiro mais próximo até que achasse um buraco onde enfiar a cabeça. Como não achei, esperei passar e voltei pra casa, até que eu me torne uma pessoa mais... mais... sem-vergonha, talvez...

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