Segundo a "tradição recém adquirida" da família, outubro chegou e nós fomos pra estrada. Como a gente não vê muita graça no expediente avião-resort-praia, enchemos o carro e fomos subindo Sudoeste afora.
E aqui vão os dez melhores de 2006:
- Três Corações, churrasco, amigos, conversas boas e muito sol na moleira comendo poeira de moto;

- O melhor cruzamento que podia dar de uma Choupana com uma Paineira. Senhora Paineira, avistando os montes do Sul de Minas, soberana. Noite sem lua e sem estrelas, mas cheia de prosa da boa até o nascer do sol regado por comida de fogão a lenha e um vinho pra acompanhar;

- Campos do Jordão, chocolate, piscina quente e lareira;

- Estrada Real Cunha-Paraty, estrada de terra, zigue-zague de curvas, sobe e desce da Serra da Bocaina (onde descobrimos que o freio ABS do carro funciona de verdade). Lindo, lindo, lindo de não poder mais, apesar (e também por causa) da chuva, lama, neblina, etc...

- Paraty, para mim, para nós, para sempre Paraty, secular, fenomenal;

- A vista da usina de Angra, um misto de medo e fascinação;

- Casarios, casarões, palácios e mansões de Petrópolis. De um Brasil que a gente ainda está tentando entender...

- Rio de Janeiro, ainda que com chuva. Praia, mar, água de côco e pôr-do-sol;

- A estrada. Em qualquer lugar, de qualquer jeito, nossa eterna companheira, nosso lugar pra desafogar o stress, pra discutir, pra fazer planos pro futuro ou só pra ir de um canto ao outro;

- A natureza, presença constante, bela, magnânima, protetora, desafiadora, incompreensível e eternamente divina!
Este ano não tiveram dez menos. Teve, sim, a chuva, constante, frequente, e até algumas vezes irritante, que nos fez adaptar as férias a ela e guardar o(s) biquini(s) na mala, sequinhos, com a rara exceção da piscina quente em Campos... Algumas estranhas picadas de bichos que eu desconheço, a aranha que voltou pra casa na minha mala (sabe lá desde onde)... Mas principalmente a chuva, que pra nos fazer chacota, parou na fronteira entre Rio e SP, voltando pra casa...
E é claro que se houvesse mais dinheiro a gente já estaria na Bahia por agora...
Fica pro próximo ano!