Filho do meio de uma prole de sete, crescido em casa que abrigava onze ou mais, entre tias e primos que ali se alojavam temporariamente, viveu desde cedo no “coma agora ou passe vontade depois”. Não que faltasse comida, mas sobrava gente. Por isso a incorrigível mania, mesmo depois de anos de casamento, de fazer comida pra vinte quando vai alimentar dez convidados.
Foi servir o exército no Rio, foi tentar universidade em Curitiba, mas foi em Londrina que acabou conhecendo a mulher que seria sua companheira de faculdade, de consultório e de tantos anos de casamento.
Foi jogador de vôlei, basquete, ovinocultor e continua sendo, com um resto de fé no governo e no clima, cafeicultor.
Me apresentou às modas de viola que tanto me salvam hoje pros lados de Minas por onde ando e eu o apresentei às bandas de rock.
Nunca foi de falar muito, mas quando abre a boca, pode esperar que vai sair uma pérola.
Cozinheiro de mão cheia, ele faz bonito com qualquer audiência.
Pai preocupado, nunca perdeu as filhas de vista numa praia cheia (e nem as crianças das sete barracas vizinhas...).
É pontual como um relógio suíço, faz o melhor café do mundo e nunca deixou de trazer um copo de leite quente pra nos acordar todas as manhãs tortuosas de inverno ou verão para irmos pra escola.
Hoje é aniversário dele.Parabéns, pai, pelo seu dia!
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