Ando com uma preguiça loooouca de escrever. Na verdade de fazer qualquer coisa, enquanto este primeiro semestre sonífero de gestação passa ao ritmo de carneirinhos pulando a cerca. Portanto o post/pitaco que aqui vem já foi adiado zilhões de vezes antes de ser escrito hoje, num arroubo do inconformismo que ainda me resta.
Aqui vão minhas explicações eleitorais, que não valem pra ninguém se não pra mim mesma, mas que ficam registradas pra que no futuro eu possa revisitá-las quando e se a água bater na bunda pra todos nós.
Não voto na Dilma, pois a Dilma não é, ainda que eu não esteja entre os 81% da população, o Lula. Aí o Lula sai falando pela boca dela e todo mundo acha que ela é ele. Truque genial de marqueteiro.
Eu tenho recebido t-o-n-e-la-d-a-s de e-mail falando do passado dela de terrorista. Francamente, isso não é o que me assusta. O Gabeira esteve envolvido no episódio mais famoso de terrorismo da luta contra a Ditadura e até hoje não pode entrar nos EUA. E no entanto acho ele um cara íntegro e consistente como político. Muitas pessoas de bem lutaram pela liberdade e contra a repressão e o medo correntes naquela época. Eu não acredito que teria feito diferente, vivesse eu naquela época.
O que me preocupa, pelo contrário, é a especial predileção do partido governante a se aliar a governos que desprezam justamente o que ela um dia disse defender: a liberdade e democracia de um país. Governos que perseguem todo e qualquer cidadão que expresse opinião contrária a seus interesses e se recusam a deixar o poder, que manipulam a população com a máscara de um populismo retrógrado que prefere manter a ignorância e proibir o diálogo que não os interessa em sua manutenção do poder (oh precious, my precious). Por outro lado, há a triste esperança que o diálogo/encenação com o Brasil cesse no Irã, uma vez que eles não tratam com mulheres, eles as
apedrejam enforcam...
Também não voto no Serra, que a mim parece estar atirando pro lado errado, enfiando bons aliados embaixo do tapete por arrogância, ainda que tenha feito alguma coisa boa lá atrás.
A Marina é uma pena. Mulher íntegra eu tenho certeza que ela é, mas acho que seria comida viva em três tempos justamente por não fazer conchavos. Alguém deveria ter dado "O Príncipe" pra ela ler enquanto era tempo (que por mais sórdido que seja, é inegável que tenha um - ou vários - fundos de verdade...).Votaria nela, mas não acho que ela tenha chance.
Se for falar dos vices, então, vai ficar muito longo.
Por outro lado é interessante ver como propaganda é tudo nesse mundo e que ninguém sequer lembra que o pós-batizado Bolsa
assistencialismo Familia já existia desde o governo anterior, porém com um nome diferente. Que se não fosse a estabilidade econômica conseguida então (que Deus me livre de mencionar aqui, pois afinal falar naquele que não é citado nem por seus próprios partidários deve ser algum tipo de crime sem salvação) provavelmente não estaríamos onde estamos hoje e com muito menos ainda feito. E que primeira dama de verdade, que põe a mão na massa (e estuda, ops) em benefício do povo já morreu, e que Deus a tenha.
Mas eu tenho que votar porque ainda acredito que este seja o único instrumento que nós temos pra mudar esta realidade, e que este direito foi conquistado lá atrás, apesar do esquecimento dos que hoje reclamam, com a luta de outros tantos (e tantas) que antes eram obrigados a subjugar-se aos interesses de uns poucos. Portanto, ainda que desacreditada que a política desse país ainda tem jeito, que a democracia seja longa e duradoura, para que possamos pelo menos manter nosso direito de reclamar!