20 setembro, 2009
The amazing Race - versão pessoal
É mais ou menos assim:
Você passa um fim-de-semana MARAVILHOSO em Minas, daqueles em que você vai precisar passar a semana inteira se recuperando, pq a última coisa que se quer fazer em finais-de-semana maravilhosos é dormir, certo?
Porém...
Eis que segunda feira chega e a babá liga pra dizer que está com piriri, então não vai vir hoje. Você então fica com a criança e liga para o seu trabalho pra dizer que além das doenças da sua família, as da família da babá agora também influenciam a sua capacidade produtiva.
Quando você finalmente consegue chegar no trabalho lá pelas duas da tarde, fingindo que não vê as caras feias de TODAS as outras pessoas do seu departamento, que convenientemente não têm filhos, você entra numa reunião que vai terminar somente às 6 da tarde com seu chefe avisando que você embarca para um país a 5 hrs de distância de avião no dia seguinte pela manhã.
Humm...
Então, você volta pra casa, enfia qualquer coisa na mala e embarca sem ter certeza exatamente do que vai fazer lá no dito país, pois afinal de contas, os detalhes você só vai saber quando chegar de fato lá.
Assim começa a etapa internacional da maratona.
- Estar em pé, linda e arrumada às 5 da manhã, pegar 70 km de Marginais até o aeroporto internacional e viajar do lado do chefe até desembarcar lááá no outro país...
- Ir direto pro trabalho, almoçar a primeira coisa que colocarem na sua frente e ter reuniões em espanhol até às 10 da noite do seu país, 8 hrs dos dele;
- Ir para o hotel com motorista e segurança (!);
- Jantar a primeira coisa que tiver no cardápio, porque o que você quer realmente é dormir;
- Não conseguir conexão de internet pra ver marido e filha e dormir louca de saudades dos dois;
- Acordar mais cedo para terminar o relatório que tem que ser passado pro chefe e constatar no café da manhã que estão servindo arroz e feijão, entre outras comidas mais "café da manhã", mesmo;
- Sentir cansaço, falta de ar e todas aquelas coisas que uma diferença de 2100 metros de altitude entre a sua cidade e aquela podem te proporcionar;
- Passar o dia em reunião, entre o espanhol, o inglês ou qualquer outra coisa com que você se faça entender;
- Fazer diversas apresentações e se sentir absolutamente infantil por não conseguir passar a mensagem de maneira profissional porque você se enrosca com o idioma deles;
- Saber no meio da tarde que você vai pegar um avião para um outro país ali do lado, onde você vai ter mais reuniões;
- Perceber que a sua mala, com a qual você PRECISA viajar, ficou trancada no carro e que o segurança que tem a chave FOI EMBORA!!!
- Chegar no aeroporto de última hora, ser revistada duas vezes (como todas as outras pessoas) além da revista de bagagem, passar por todos os cães farejadores e entrar no avião na última hora;
- Chegar ao próximo país e notar que no primeiro país era muito mais fácil falar espanhol, porque ali será mais fácil entender grego ou esperanto, do que o sotaque local;
- Conseguir fazer o checkin no hotel lá pelas 8 e tanto da noite e ainda ter que tomar banho (cogitando seriamente pular esta etapa) e jantar (e esta também), além de trabalhar e dormir;
- Acordar e notar que você dormiu (desmaiou talvez seja mais aproriado) em cima do laptop;
- Passar o dia em reunião, agora num país quente e úmido, numa cidade a beira-mar e não conseguir sequer ver o mar, que dirá o famoso canal, pois afinal de contas você está lá pra trabalhar, não está??
- Voltar para o primeiro país, passar pela imigração, fazer checkin de novo, pagar taxas de embarque que você não deveria porque esqueceram de te entregar comprovantes que você deveria ter de recolhimento de impostos. Passar por pelo menos outras 3 revistas (de corpo, alma e mala) e depois de uma fila quilométrica na alfândega conseguir embarcar para o Brasil;
- Estar bela e serena com a certeza de que agora você vai descansar quando o dono da empresa entra no avião (!!) de máscara (!!!!) e se senta na sua fileira do outro lado do corredor;
- Descobrir assim que chega no Brasil e depois de dormir apenas 3 horas e ir trabalhar que o dito cujo está com gripe suína;
Assim sendo, não preciso dizer também que hoje, passados dois dias, ainda estou em processo de recuperação mental e corporal. Também que estou cogitando agora participar do programa de verdade pra ver se eu ganho alguma coisa mais, além do dito cresimento pessoal. Afinal, treinada eu já estou!
As outras impressões, as que eu consegui pegar no trânsito de lá pra cá e de cá pra lá, vou elaborar num outro post, ou assim que conseguir raciocinar linearmente novamente...
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3 comentários:
Adorei!!!
É com os cães farejadores você ia ter certa dificuldade de me trazer aquela encomendinha branca... hahaha...
Pense que tudo isso serviu pra te transformar em um ser humano melhor.. pra te fazer evoluir.. e que se continuar neste ritmo logo você será arrebatada para o céu ao lado do Senhor Jesus Cristo, e de toda aquela turma de santos que o acompanham!!!
Kkkk! Sua doida! O único pó branco que eu traria de lá seria tapioca!! Credincruiz! Quem vê pensa, né, dona Syl?!
Agora, qto ao resto, eu prefiro ficar por aqui bastaaaaante tempo ainda pra fazer o resto do mapa mundi, entre otras cositas! Nada contra o Senhorzinho e a sua turma, mas eu tenho sérias suspeitas que eu não ia achar um amigo meu por lá... ;-)
Eu você não encontraria... com certeza!!!
Qto ao branquinho... Tapioca é bem mais minha praia... mas como perder a chance de tirar com a cara da amiga ferozmente farejada, né?
beijokasssssssss
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